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Malásia/acidente

Austrália começará a usar drone submarino na busca por avião

Depois de vasculhar em vão a superfície do Oceano Índico por seis dias em busca de destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines, a Marinha Real Australiana decidiu trocar de armas. Sai de cena o navio de busca Ocean Shield e entra o drone Bluefin-21, um mini-submarino capaz de mergulhar 4,5 quilômetros.

O robô submarino Bluefin-21 irá auxiliar nas buscas pelos destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines. Veja mais fotos do drone abaixo.
O robô submarino Bluefin-21 irá auxiliar nas buscas pelos destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines. Veja mais fotos do drone abaixo. REUTERS/U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 1st Cla
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“É hora de irmos para de baixo d’água”, afirmou nesta segunda (14) Angus Houston, o líder da operação. O Bluefin-21 tem o formato de um torpedo, pesa 750kg e mede 4,93 metros. Equipado de um sonar, ele costuma ser utilizado em pesquisas de arqueologia e oceanografia, graças a sua autonomia de cerca de 20 horas em águas profundas. O campo de busca inicial será de 40km quadrados ao redor do local onde foram detectados os últimos sinais emitidos pela aeronave.

O robô submarino é a principal esperança de encontrar destroços do avião. Em uma entrevista coletiva, Angus Houston explicou que o aparelho pode ajudar na identificação visual de objetos no fundo do Oceano Índico. Há seis dias, as equipes de busca não conseguem mais captar os sinais sonoros que poderiam vir das caixas-pretas do avião. A aeronave está desaparecida há 38 dias e a duração estimada das baterias das caixas-pretas é de apenas um mês.

Nesta segunda-feira (14), outra pista também surgiu. Uma grande mancha de óleo foi avistada perto da região de onde partiram os sinais sonoros. Dois litros deste vazamento foram coletados para análise.

Buscas devem ser lentas

O trabalho de busca com o mini-submarino deve levar bastante tempo. O equipamento norte-americano precisa de pelo menos 24 horas para cumprir cada missão. Ele leva duas horas para atingir o fundo do mar e depois trabalha cerca de 16 horas produzindo um mapa 3D de alta resolução, antes de fazer o caminho de volta. Extrair e analisar os dados leva outras quatro horas.

Angus Houston lembrou o caso do voo Air France AF447, que caiu no Oceano Atlântico em 2009, para exemplificar como o processo pode ser lento. Naquele acidente, as caixas-pretas foram encontradas quase dois anos depois.
 

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