Cabo Verde está livre da malária
O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, em visita a Cabo Verde, entregou, esta sexta-feira, 12 de Janeiro, ao primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, o certificado de país livre da malária ou paludismo, numa cerimónia que decorreu, na Assembleia Nacional, na cidade da Praia.
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Cabo Verde passa a ser a terceira nação livre da malária na região africana, juntando-se às Maurícias e à Argélia, que foram certificadas em 1973 e em 2019, respectivamente.
O director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, sublinhou o momento histórico para o arquipélago, fruto do investimento de Cabo Verde na boa governação, “porque traz estabilidade”.
Tenho o grato prazer em anunciar que Cabo Verde está livre da malária.
Esta conquista envia uma mensagem clara ao mundo de que com vontade política, parcerias fortes e um compromisso pleno de todos os actores a eliminação da malária é possível onde quer que seja.
A democracia e a boa governação também o são.
Obrigado, estou feliz por estar em Cabo Verde.
Director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus
Tedros Ghebreyesus entregou o certificado, resultado de seis anos com o país livre de casos locais, ao primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que endossou o certificado “ao povo cabo-verdiano”, responsável pela conquista.
Ulisses Correia e Silva ressaltou o fim de um constrangimento para o turismo.
O impacto no turismo é forte. Passamos a ser um país livre!
Se Cabo Verde já era um bom destino, vai ser melhor ainda com esta liberdade que conseguimos.
Os constrangimentos que poderiam ser evocados para não viajar a Cabo Verde, já não existem.
Conseguimos trazer aqui um nível de segurança sanitária. A segurança das pessoas é importante, mas a segurança na saúde também e pode transmitir um valor acrescido ao turismo e à qualidade do destino de turismo.
Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde
África acolhe mais de 90% dos casos e mortes por malária no mundo. A Nigéria e a República Democrática do Congo estão no topo da tabela de países mais afectados. Moçambique e Angola estão entre os cinco mais afectados do mundo, segundo a edição de 2023 do relatório anual sobre malária publicado pela OMS.
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