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Cabo Verde

Presidente da República cabo-verdiano demite conselheira jurídica

A Presidência da República de Cabo Verde está envolta numa nova polémica. A nomeação e exoneração da antiga ministra da Administração Interna e da Justiça dos governos de José Maria Neves, Marisa Morais, como conselheira do Presidente da República sob suspeita de ilegalidade.

Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves.
Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves. © https://www.facebook.com/photo/?fbid=637617921744264&set=pcb.637618945077495
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Na sua conta na rede social Facebook, José Maria Neves explicou que a demissão de Maria Morais, antiga ministra da Administração  Interna e da Justiça dos governos do PAICV, como sua conselheira, não tem nada a ver com a polémica sobre o pagamento de salário à primeira-dama.

O semanário cabo-verdianano A Nação avança que a nomeação e exoneração de Marisa Morais como conselheira de José Maria Neves está sob suspeita de ilegalidade, citando o Estatuto do Pessoal do Quadro Especial da Administração Pública Central cabo-verdiana. O jornal A Nação escreve que os cargos especiais na Administração Pública - conselheiros e assessores - devem ser exercidos em regime de exclusividade e a tempo inteiro, não foi, contudo, o caso de Marisa Morais que, nomeada conselheira do Presidente da República, residiu no exterior, prestando serviço à distância”.

O semanário explica, ainda, que o chefe da Casa Civil da Presidência da República, Jorge Tolentino, descreveu que nos 18 meses em que Marisa Morais assumiu o cargo de conselheira para a área jurídica do chefe de Estado, a mesma residiu no exterior tendo “executado todo o seu serviço que era suposto prestar, nomeadamente, pareceres, aconselhamentos, ainda que à distância”. Marisa Morais deveria regressar a Cabo Verde para exercer as funções de conselheira e foi colocando alguns obstáculos, por isso, a sua exoneração 18 meses depois de ser nomeada.

A Nação acrescenta que a contratação de Marisa Morais pela Presidência da República vai ser analisada pelas equipas de inspecção do Tribunal de Contas e da Inspecção Geral de Finanças, centrada nas rubricas de “Despesas com o Pessoal da Presidência da República” para esclarecer os factos relacionados com o pagamento do salário da primeira-dama.

A remuneração da primeira-dama dominou o segundo dia de debate do ano no parlamento, com o PAICV, através do deputado Démis Lobo Almeida, a defender o Presidente da República e acusar o governo de criar um facto político para atacar o chefe de Estado.

“O governo com tamanho nível de deslealdade institucional, tente simplesmente a criar um facto político, não permitindo que os órgãos de controlo – Tribunal de Contas e a Inspecção Geral das Finanças - possam pronunciar-se sobre essa matéria, para simplesmente atacar o Presidente da República e atacar a senhora, doutora, Débora Carvalho, primeira-dama de Cabo Verde” disse o deputado eleito pelo círculo da ilha do Sal e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PAICV, Démis Lobo Almeida.

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