Terrorismo impede recensaemento eleitoral no norte de Moçambqiue
A oito dias do fim período reservado para o recenseamento eleitoral em Moçambique, os habitantes de Quissanga, em Cabo Delgado, ainda não puderam efecturar o processo. As autoridades apontam o dedo à violência estrema que se vive na província e admitem que faltam fundos para a realização do escrutínio.
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Milhares de moçambicanos correm o risco de serem impedidos de votar ou de serem eleitas na província de Cabo Delgado, norte do país, em consequência da violência extrema.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições-CNE- Paulo Cuinica, refere queno distrito de Quissinga, a oito dias do fim do recenseamento eleitoral, os habitantes ainda não puderam efecturar o processo.
“No distrito de Quissanga há dificuldades para se arrancar o recenseamento e até ao momento, não há nada equacionado com relação a isso”, explicou.
Por outro lado, Paulo Cuinica admite dificuldades financeiras calculadas em 300 milhões de dólares para o cumprimento cabal do processo até a realização das eleições gerais marcadas para o dia 9 de Outubro.
“Há de facto algum défice, alguma dificuldade no desembolso das verbas para o processo de recenseamento. Todavia, acreditamos que à medida que os fundos vão sendo disponibilizados pelo Governo nós também vamos realizando o nosso trabalho para que efectivamente, no dia 9 de Outubro, possamos ter as eleições como está programado”, acrescentou.
A Comissão Nacional de Eleições destacou equipas para monitorarem o decurso do processo de recenseamento eleitoral, iniciado a 15 de Marco, nas províncias moçambicanas. O recenseamento eleitoral deve terminar no dia 28 deste de Abril.
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