Beatriz Buchili culpa África do Sul pelos raptos em Moçambique
A Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, diz que maioria dos raptos em Moçambique é planeada no estrangeiro e acusa as autoridades sul africanas de não estarem a colaborar para estancar o crime no país. A Procuradora revelou ainda que foram submetidos 20 pedidos de extradição e auxílio judiciário mútuo há mais de um ano, incluindo de mandantes identificados de raptos, mas Moçambique ainda não obteve resposta.
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Para a Procuradora Geral da República de Moçambique, é na África do Sul, país vizinho, onde os raptos que ocorrem no pais são planeados.
"Os maiores desafios no combate prendem-se com o facto de grande parte dos actos de preparação para a execução do crime e os pagamentos de resgate ocorrerem fora do país com destaque para a Republica da África do Sul onde igualmente se encontram alguns mandantes", afirmou Beatriz Buchili.
Esta magistrada acusa ainda o país vizinho de não cooperar para o combate contra este fenómeno criminal que em 10 anos ja levou a que muitos empresários abandonassem Moçambique
"A título ilustrativo, foram submetidos 20 pedidos de extradição e auxilio judiciário mútuo na sua maioria há mais de um ano, alguns dos quais relativos a indivíduos identificados como mandantes do crime de rapto e entretanto não obtivemos respostas", declarou Buchili.
A Procuradora Geral da República falava durante a audição no Parlamento sobre o estado geral da Justiça em Moçambique. Beatriz Buchili volta nesta quinta-feira ao Parlamento para responder às perguntas de insistência admitiu que o branqueamento de capitais tem estado a lesar o estado bem como a corrupção.
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