Comissão Nacional de Eleições de Moçambique denuncia falta de condições de trabalho
O recenseamento eleitoral em Moçambique decorreu entre 15 de Março e 20 de Abril, tendo em vista as eleições gerais em Outubro. Os membros da CNE denunciaram as más condições de trabalho às quais foram sujeitos.
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A Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, CNE, denunciou a falta de condições para os brigadistas entre outros quadros que fiscalizam o processo eleitoral e o recenseamento no país. Em Nampula, a situação foi especialmente preocupante como referiu Fernando Mazanga, vogal da CNE.
"Foi doloroso constatar que colegas nossos da província e dos distritos percorriam longas distâncias sem a logística mínima para garantir o seu bom desempenho. Mais doloroso ainda foi ter constatado que houve casos em que colegas dormiram nas viaturas em situações deploráveis com todas as consequências que daí advêm. Deve-se salientar que colegas colocaram à frente a bandeira de cumprir com a sua tarefa. Quem de direito, coloque a mão na consciência para não permitir a repetição destes episódios tristes nos passos que se vão seguir, mormente nos relacionados ao apuramento", indicou o dirigente da CNE.
Este órgão pede então ao Governo que se mobilize com apenas alguns meses até às eleições gerais, de forma a que o trabalho dos membros da CNE seja dignificado em todo o país, com "meios e condições" que permitam o bom apuramento dos resultados em Outubro.
“Nós, Comissão Nacional de Eleições, como órgão de supervisão do recenseamento dos actos eleitorais precisamos fazer o acompanhamento circunstanciado, para tal, é preciso que o Governo disponibilize meios e condições atempadamente de modo a que o trabalho dos órgãos eleitorais decorra sem diques nem barragens que refreiem o seu ímpeto”, concluiu Fernando Mazanga.
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