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São Tomé e Príncipe

Orçamento de São Tomé e Príncipe sem acordo com o FMI

São Tomé e Príncipe – O crescimento da economia em 2024 está estimado em 2,9 por cento e a taxa de inflação será de 12 por cento.

Apresentação do Orçamento na Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe a 15 de Dezembro de 2023.
Apresentação do Orçamento na Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe a 15 de Dezembro de 2023. © Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe
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Sem o acordo de facilidade de crédito com o Fundo Monetário Internacional (FMI) o governo santomense submeteu ao parlamento o orçamento estimado em 178 milhões de euros para 2024.

As negociações com o FMI estão paradas porque o país não tem divisas para a compra de combustível. Em declarações à RFI, Genésio da Mata, o primeiro-ministro santomense das Finanças, explicou que sem a garantia de financiamentos o FMI não assina o acordo.

O crescimento da economia em 2024 está estimado em 2,9 por cento e a taxa de inflação será de 12 por cento. “Sessenta e dois por cento do orçamento serão assegurados por recursos internos e 38 por cento por recursos externos”, sublinhou Genésio da Mata.

O próximo ano será melhor

O Governo são-tomense prometeu que 2024 será “inquestionavelmente melhor” para a população. Estão previstas obras importantes e contribuições de investidores.

O chefe do executivo disse estar consciente de que "os últimos 12 meses não foram fáceis" e pediu "um apoio renovado e a confiança do povo". 

Por seu lado, os sindicatos prevêem uma série de greves e manifestações para exigir o aumento dos salários na função pública. As reivindicações têm por base um memorando assinado com o executivo anterior que mais do que duplicou o salário mínimo na função pública são-tomense de 1.100 dobras para 2.500 dobras (cerca de 100 euros), tendo ficado definido que deveria atingir 3.500 dobras (142 euros) em 2023 e 4.500 dobras (cerca de 180 euros) em 2024.

O atual Governo, empossado em novembro de 2022, recusou cumprir o acordo por causa da situação económica e financeira do país.

Na semana passada, o primeiro-ministro sublinhou que “o país viveu o ano que está a acabar sem o acordo com o FMI”, mas “vai continuar a trabalhar” com esta organização financeira internacional para conseguir fechar o programa mesmo depois da entrega do OGE ao parlamento.

“Eu sempre disse: com ou sem o FMI o país vai andar para frente”, sublinhou Patrice Trovoada.

Ouça aqui a correspondência de São Tomé e Príncipe.

01:06

Correspondência de Maximino Carlos, 18/12/2023

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