Madeira: maioria procura-se após eleições
Em Portugal o PSD, de centro direita, perdeu de forma inédita a maioria absoluta nas eleições regionais da Madeira deste domingo. Fica tudo em aberto relativamente ao jogo de alianças que agora começa, à direita, mas também à esquerda.
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No seu discurso de vitória Miguel Albuquerque, líder do PSD Madeira, de centro direita, confirmou as conversações com o CDS PP, da direita conservadora, por forma a viabilizar uma "coligação de governo".
Desde 1976 e as autonomias dos arquipélagos portugueses que o PSD governava com maioria absoluta.
São, porém, necessários 24 deputados para o efeito.
Desta feita os laranjas ficaram-se pelos 21 deputados em 47 que conta a Assembleia legislativa regional.
Os socialistas obtiveram 19 assentos, um recorde !
Paulo Cafôfo, líder do PS local, afirmou estar "disponível para liderar uma base de entendimento" com os partidos da oposição.
E isto sem excluir o CDS-PP de conseguiu três lugares, outros 3 foram alcançados pela JPP, com a CDU a ficar-se por um único deputado.
Seria mais verosímil o PSD e o CDS viabilizaram uma aliança de 25 deputados, já que a soma dos votos socialistas e do resto da esquerda se ficaria pelos 23 deputados e parece pouco provável que o CDS prefira aliar-se à esquerda do que à direita.
Se esta lógica não imperar a soma dos votos à direita e à esquerda alcançaria um total de 26, contra os 21 do PSD que, assim sendo, não só perderia a maioria absoluta como seria relegado para a oposição, como aconteceu a nível nacional, com a legislatura que agora termina.
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