15.000 moçambicanos por recensear na Gorongosa

Oito brigadas ainda não conseguiram ter acesso ao distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, onde o processo têm sido adiado em consequência da tensão político-militar. No centro de Moçambique 15.000 pessoas continuam sem poder recensear-se, a faltarem dois dias do fim do processo.

Recenseamento eleitoral para as municipais moçambicanas terminou nesta terça-feira em Moçambique http://www.stae.org.mz/

Na semana passada, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) aprovou o envio de nove brigadas de recenseamento eleitoral para as zonas de conflito da Gorongosa, todavia a tensão militar que se faz sentir na região acabou por impedir a deslocação das mesmas.

Hoje a Renamo voltou a garantir que o seu líder, Afonso Dhlakama, deverá recensear-se até amanhã, no entanto não divulgou o local de recenseamento por questões de segurança. Afirmações que foram questionadas pelo chefe da delegação do governo. As declarações foram feitas no final da 56ª ronda de diálogo, José Pacheco, afirmou ser prioritário um encontro entre o líder da Renamo e o chefe de Estado Armando Guebuza: "o melhor local para ele (Afonso Dhlakama) dizer isso é vir participar a um diálogo ao mais alto nível com sua excelência Armando Emídio Guebuza, Presidente da República de Moçambique, para de forma directa manifestar as suas intenções efectivas, porque eventualmente estamos perante interlocutores falsos do senhor Afonso Dhlakama".

Ainda no quadro da 56ª ronda de diálogo político-militar, as conversações voltaram a ficar marcadas pelo impasse no que refere à questão do envio dos observadores internacionais para fiscalizarem o cessar-fogo. A Renamo diz que o importante é resolver estas questões e só depois estará disponível para falar sobre o encontro dos dois políticos como esta ser solicitado pelo Governo.

Mais informação com o nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa.

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Correspondência de Moçambique, Orfeu Lisboa