Jiadistas perdem Porto de Syrte para governo líbio

É uma vitória das forças governamentais contra os jiadistas do estado islâmico que recuperaram o Porto de Syrte e vários bairros, na Líbia, nas últimas 24 horas.

Forças governamentais líbias tomam o porto e entram na cidade de Syrte na Líbia, que estava nas mãos dos jiadistas islmicos REUTERS/Stringer

Forças governamentais líbias, apoiadas por uma coligação internacional, nomeadamente, francesas e americanas, tomaram o Porto de Syrte, no sudeste do país, feudo que os jiadistas do estado islâmico, controlavam na Líbia, desde junho de 2015.

Nos últimos dias desenhava-se já este desfecho, com o lançamento de grandes operações das forças do governo de união nacional e seus conselheiros e comandos militares ocidentais e da ONU, cercando os terroristas do estado islâmico.

O estado islâmico perde assim o seu principal eixo de abastecimento entre a Síria e a Turquia e aqui as forças líbias tiveram o apoio das forças democráticas sírias, uma coligação árabo-curda, apoiadas também pela comunidade internacional, sobretudo forças especiais americanas e francesas. 

As forças líbias e sírias estiveram em terra, com apoio aéreo de aviões franceses e americanos, cercando os terroristas do estado islâmico, em Mandij, perto do Porto de Syrte, numa espécie de funil, sem saída.

Os jiadistas do estado islâmico, apanhados no cerco de Mandji ficaram cortados do resto das regiões que dão para regiões da Síria, nomeadamente, como Raqqa, que ainda controlam, tanto mais, por ser a sua auto-proclamada capital.

De notar que depois de violentos combates e bombardeamento, desta sexta-feira, o dia de hoje, 11 de junho, está marcado por uma baixa intensidade entre as forças fiéis ao governo de união nacional líbio.

"As nossas forças deram o assalto ao porto de Syrte que passou sob nosso controlo", declarou ainda ontem à noite, Rede Issa, um porta voz  das forças governamentais líbias, que em termos de balanço destas operações, sublinhou ter havido 11 mortos e 45 feridos nas suas fileiras, por atiradores furtivos dos terroristas do estado islâmico.

Quanto ao jiadistas estão cercados sem grandes possibilidades de fugir, mas ainda não há número de baixas do lado do estado eslâmico, assim como não há informações de captura de chefes desse grupo terrorista ou se conseguiram exfiltrar-se antes deste assalto das forças líbias.

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João Matos sobre a tomada do porto de Syrte pelas forças governamentais líbias