Casa Branca apoia Hillary no escândalo do WikiLeaks
A Casa Branca declarou nesta quarta-feira seu apoio a secretária de Estado, Hillary Clinton, diante dos pedidos de renúncia tidos como “ridículos” feitos por Julian Assange, fundador do site de informações WikiLeaks.
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Segundo seu porta-voz, Robert Gibbs, deixar o cargo caso seja provado que Hillary tenha cometido uma violação da legislação internacional ordenando a espionagem de altos funcionários da ONU seria “absurdo”.
Uma reunião a portas fechadas da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes norte-americana debate o vazamento dos 250 mil documentos secretos revelados pelo site WikiLeaks, nesta quarta-feira. O dispositivo de comunicação interministerial do país será revisto e a segurança reforçada.
O Departamento de Estado confirmou nesta terça-feira a suspensão temporária do acesso do Pentágono a uma parte da base de dados de correspondências de seus diplomatas, criada logo depois dos ataques do 11 de Setembro de 2001.
A restrição foi imposta na semana passada, segundo a revista Time, quando a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, informou à Casa Branca sobre o possível vazamento de documentos.
O Pentágono declarou que está modificando as normas de acesso e de segurança da rede de comunicação do Departamento de Defesa para a troca de informações confidenciais e de mensagens de nível secreto.
Os Estados Unidos suspeitam que um soldado norte-americano chamado Bradley Manning teria sido a fonte do WikiLeaks.
Guerra ao WikiLeaks
O fundador do WikiLeaks está sendo caçado pela polícia. A Interpol publicou nesta terça-feira um alerta de busca internacional para obter informações sobre o paradeiro de Julian Assange, de 39 anos. O jornalista australiano é tido como fugitivo e estaria na Inglaterra.
Ele provocou a ira do governo americano e o repúdio de diversas chancelarias, após a divulgação dos dados classificada como “crime grave”, por Washington. O governo sueco já havia emitido um mandado de prisão contra ele por crime de agressão sexual, em novembro.
Assange rejeita as acusações e se diz vítima de uma conspiração. Ele recorreu junto a Corte Suprema da Suécia.
Christine Assange, mãe de Julian, deu uma entrevista nesta quarta-feira ao canal de TV australiano ABC e implorou para que a polícia não persiga o seu filho. "Ele é meu filho e eu o amo, não quero que ele seja perseguido nem preso. Muito do que é escrito sobre ele é falso", disse Christine.
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