Estados Unidos suspendem ajuda alimentar à Coreia do Norte

Os Estados Unidos suspenderam nesta quarta-feira o envio de 240 mil toneladas de ajuda alimentar à Coreia do Norte. Em fevereiro, os dois países haviam selado um acordo em que Pyongyang suspenderia atividades bélicas e nucleares em troca da assistência americana.  

Durante visita à aliada Coreia do Sul essa semana, o presidente americano, Barack Obama, chamou de "provocação" o plano norte-coreano de lançamento de um míssil em abril REUTERS/Yuriko Nakao

Para Washington, essa é uma resposta a decisão norte-coreana de lançar um míssil na metade de abril, supostamente destinado a colocar em orbita um satélite civil.

Em visita a aliada Coreia do Sul esta semana para um cúpula sobre segurança nuclear, o presidente americano, Barack Obama, classificou de “provocação” a posição do jovem Kim Jong-Un, que assumiu o governo comunista em dezembro, após a morte de seu pai, Kim Jong-Il.

Segundo um alto funcionário do Departamento de Segurança americano, o congelamento da cooperação se deve a falta de confiança nos mecanismos de controle destinados a garantir que a ajuda alimentar chegue às pessoas que morrem de fome e não à elite do regime.

O país sofre com a falta de alimentos, tendo vivido uma grave crise nos anos 90. Segundo um relatório americano publicado no último ano, desde 1995 a Coreia do Norte teria recebido mais de 12 milhões de toneladas de alimentos vindos da China, Japão, Coreia do Sul e dos Estados Unidos.