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Paraguai/impeachment

Congresso paraguaio aprova impeachment de Fernando Lugo

O presidente paraguaio Fernando Lugo foi oficialmente destituído de suas funções pelo Congresso do país nesta sexta-feira. O líder se pronunciou logo depois do anúncio do Senado, afirmando que aceita a decisão de deixar o cargo, mas que a "democracia foi ferida". Em um dos processos de impeachment mais rápidos da História, o mandatário foi acusado de arrastar a nação ao caos ao ter desempenhado mal suas funções após a matança de 17 pessoas em uma desocupação de terras há uma semana.

Simpatizantes do presidente paraguaio destituído, Fernando Lugo, aguardavam decisão sobre impeachment de seu líder diante do congresso do país, em Assunção, nesta sexta-feira.
Simpatizantes do presidente paraguaio destituído, Fernando Lugo, aguardavam decisão sobre impeachment de seu líder diante do congresso do país, em Assunção, nesta sexta-feira. REUTERS/Mario Valdez
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Um total de 39 senadores dos 43 presentes na Câmara dos Deputados do Paraguai declararam Lugo culpado das acusações formuladas contra ele, ocasionando sua destituição imediata prevista pela constituição do país.

No momento do anúncio de seu impeachment, Lugo estava no escritório presidencial. Mais cedo, ele havia concedido uma entrevista a uma rádio argentina onde manifestou seu desejo de resistência em caso de destituição. No entanto, logo após a decisão do Senado, Lugo declarou que aceitava deixar a presidência. "Eu acato a decisão do Congresso", afirmou, acrescentando que a "democracia foi ferida". Em seguida, o líder deixou o prédio da presidência em um comboio sem destinação definida.

Um pouco mais de um ano de mandato restava ao líder paraguaio. O vice-presidente Federico Franco assumirá a presidência ainda nesta sexta-feira e governará o Paraguai durante este período que resta até as próximas eleições. O Congresso já convocou uma sessão para empossá-lo como o novo chefe de Estado.

Manifestações

Cerca de 5 mil simpatizantes estavam reunidos na Praça das Armas, diante do Congresso paraguaio, na capital Assunção, à espera da decisão do Senado sobre a permanência de Lugo no poder. O anúncio provocou a revolta de milhares de manifestantes que confrontaram a polícia. As forças de ordem utilizaram bombas de gás lacrimogênio e jatos d'água que dispersaram os protestos.

Progressivamente, os manifestantes voltaram para a frente do Congresso, munidos de bandeiras paraguaias, faixas e cartazes de apoio ao presidente destituído.

 

 

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