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Colômbia/FARC

FARC retomam negociações com governo colombiano em Havana

Os representantes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) retomaram nesta segunda-feira (13) em Havana as negociações de um acordo com o governo colombiano, depois de uma pausa de três semanas. O presidente Juan Manuel Santos se disse ‘otimista’ e acredita que um documento final será assinado em breve.  

As FARcs anunciam uma trégua no Natal em 8 de dezembro
As FARcs anunciam uma trégua no Natal em 8 de dezembro REUTERS/Enrique de la Osa
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As negociações com a guerrillha visam colocar um fim a um conflito interno que já dura mais de 50 anos. Fundada em 1964, as FARC contam atualmente com 50 combatentes, que vivem principalmente nas áreas rurais do país. Essa é a quarta tentativa de retomada de diálogo.

O governo e a guerrilha já chegaram a um acordo sobre a reforma agrária e a participação das FARC na vida política. Mas ainda não há consenso em relação ao abandono da luta armada e à reparação das vítimas sequestradas nestes últimos anos, muitas delas detidas durante anos em cativeiro.

A guerrilha das FARC criticou as recentes declarações do presidente Juan Manuel Santos, dizendo que elas "não ajudam nas negociações." Em um discurso no dia 26 de novembro, o presidente colombiano declarou que a pressão exercida pelas forças do país havia obrigado os guerrilheiros a aceitar a negociação.

De acordo com o chefe de Estado, o Plano Colômbia, lançado do ano 2000, também foi um fator fundamental no enfraquecimento da guerrilha. O plano prevê uma ajuda militar dos EUA estimada em 9 bilhões de dólares para lutar contra o tráfico de drogas.

No poder desde 2010, Juan Manuel Santos, um dirigente de centro-direita, se declarou candidato à sua própria sucessão em junho de 2014, para poder concluir o processo de paz.

Para Ivan Marquez, o número 2 da guerrilha, as revelações feita pelo jornal Washington Post sobre o apoio da CIA às forças armadas colombianas provam que o intervencionismo americano é total. "A Colômbia é um país ocupado com o consenso de elites apátridas", concluiu.

 

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