Sobe para 6 número de mortos em confrontos na Venezuela
Novos confrontos foram registrados nesta quinta-feira entre os manifestantes e a polícia em diferentes regiões da Venezuela. O conflito deixou mais uma vítima fatal, a sexta desde o início dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. As autoridades do país confirmaram a morte de Alexis Martinez, um aliado do presidente venezuelano e irmão de um deputado socialista.
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A sexta morte registrada em pouco mais de uma semana de protestos aconteceu em Barquisimeto, na região central do país. Em um discurso, o presidente Maduro disse que foi uma "bala fascista" que matou Alexis Martinez.
Nesta quinta-feira, os Estados de Tachira e de Merida, no oeste da Venezeuela, tiveram protestos intensos. Em San Cristóbal, capital de Tachira, muitas lojas fecharam as portas e estudantes e policiais permaneceram nas ruas. Diante do clima de tensão, o governo venezuelano anunciou "medidas excepcionais" para manter a ordem na região. "Não vamos deixá-los tranformar em uma Benghazi", declarou Maduro em referência à cidade líbia onde teve início a revolta que resultou na destituição do ditador Muamar Kadhafi do poder.
A onda de protestos contra o governo venezuelano é apontada como a mais grave desde a eleição de Nicolás Maduro, em abril do ano passado. Em Caracas, depois de uma quarta-feira violenta, a noite de ontem foi calma.
Há três meses, os manifestantes, na maioria estudantes, pedem a demissão de Maduro. Eles acusam o presidente de ser o responsável pela crise econômica do país, pela inflação alta e pela repressão violenta à oposição.
O presidente Nicolas Maduro ameaçou expulsar a rede de televião americana CNN. Ele diz que poderá tomar essa medida caso a emissora não "corrija" a sua cobertura sobre os protestos no país.
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