Angola preocupada com situação na Guiné-Bissau
O executivo angolano reagiu hoje pela primeira vez o desde que eclodiu uma nova crise na Guiné-Bissau na quinta-feira, com a demissão do governo guineense por iniciativa do Presidente da República devido a patentes desentendimentos com o Primeiro-Ministro.
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À margem da cimeira dos países da África Austral a decorrer no Botsuana, o chefe da diplomacia angolana Georges Chicoty deu conta da preocupação do seu país perante esta situação. O responsável governamental exortou o Presidente, o Primeiro-Ministro e o Presidente da Assembleia Nacional Popular a "alcançarem um consenso político para salvaguardar a paz e estabilidade da Guiné-Bissau". Na óptica de Georges Chicoty, se a crise persistir, a Guiné-Bissau não tem actualmente condições financeiras para organizar eleições antecipadas. Mais pormenores com Avelino Miguel.
Avelino Miguel, correspondente da RFI em Luanda
Estas declarações surgem no momento em que, no mesmo sentido, o presidente em exercício da Autoridade de Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Macky Sall, acaba de pedir hoje uma solução através do diálogo para resolver o contencioso, dois dias depois do Conselho de Segurança da ONU ter igualmente apelado à calma e ter exortado as forças armadas a não interferirem na situação política do país.
De referir ainda que a nível interno, a Guiné-Bissau permanece de olhos postos sobre as atitudes que vão tomar os seus dirigentes, o PAIGC tendo convocado para amanha uma manifestação de apoio ao seu líder, o Primeiro-Ministro demitido, Domingos Simões Pereira.
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