Começou julgamento de Marcos Mavungo

José Marcos Mavungo e alguns declarantes foram hoje ouvidos no início do julgamento do activista angolano, detido a 14 de Março em Cabinda e indiciado de crime de rebelião, tentativa de golpe de Estado e de atentado contra o Presidente José Eduardo dos Santos.

José Marcos Mavungo e Arão Bula Tempo DR

Arão Bula Tempo, presidente da Ordem dos Advogados em Cabinda, foi igualmente detido a 14 de Março juntamente com o seu cliente Manuel Biongo, ambos estão em regime de liberdade provisória desde Maio, o advogado faz parte da equipa que defende Marcos Mavungo.

Arão Bula Tempo lamenta a ausência hoje de um dos declarantes chave, que deteve Marcos Mavungo e lhe disse não possuir provas contra a sua pessoa, mas ressalva outras irregularidades em declarantes hoje ouvidos pela justiça e refere que amanhã às 19 horas (locais) se procederá à reconstituição do crime de que o activista é indiciado: estar na posse de panfletos subversivos e de explosivos, alegadamente descobertos numa mochila (na véspera da manifestação prevista para 14 de Março), pois para a defesa parece pouco plausível que um militar especialista na contra inteligência cujo relatório ditou a detenção de Marcos Mavungo, tenha visualizado a 300 metros indivíduos com essa mochila, tenha disparado, mas estes conseguiram fugir, abandonando a mochila.

O mesmo militar afirma que apenasfez e assinou o relatório, mas as recomendações e ordens de prisão de Marcos Mavungo e de outros activistas da extinta Associação Mplalabanda emanaram de ordens superiores. 

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Arão Bula Tempo, defensor de Marcos Mavungo