Cabinda : médica de Marcos Mavungo teme pela sua vida
Dra. Carlota Tati teme pela vida do seu paciente, o activista Marcos Mavungo, detido desde 14 de Março em Cabinda, indiciado de rebelião, tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Presidente angolano, por pretender organizar uma manifestação, para denunciar violações de Direitos Humanos no enclave.
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Marcos Mavungo que padece há cerca de três anos de problemas cardíacos, desde a sua detenção em Março sofre igualmente de hipertensão e o seu estado de saúde deteriora-se de dia para dia.
Ele foi hospitalizado de urgência em Abril passado, mas preferiu regressar à prisão, pois sentiu-se ameaçado, quando elementos das forças de segurança penetraram no hospital e pretendiam aceder ao seu quarto.
Para a sua médica pessoal dra. Carlota Tati, embora o seu estado de saúde esteja estável, a patologia de que padece não pode ser tratada na cadeia, pelo que dado que ele não foi ainda formalmente acusado, deveria regressar a casa.
De recordar que a 14 de Março foram detidos em Cabinda o dr. Marcos Mavungo à saída da missa, bem como o presidente da Ordem dos Advogados em Cabinda, dr. Arão Tempo e o seu cliente Manuel Biongo, ambos presos na fronteira de Massabi, e que se encontram desde Maio em regime de liberdade condicional, com termo de identidade e residência.
A Amnistia Internacional, bem como várias organizações de defesa de Direitos Humanos da África Austral, parlamentares europeus, académicos europeus e norte-americanos mas também ONGs angolanas como a AJPD, OMUNGA, Mãos Livres e outras, pedem a liberdade para os activistas detidos tanto em Cabinda como em Luanda, todos presos sem mandato de captura e acusados de rebelião em flagrante delito, o que é negado pelos respectivos advogados.
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