Começou julgamento de activistas angolanos
Começou esta manhã em Luanda o julgamento dos 17 activistas angolanos indiciados por rebelião contra o regime de José Eduardo dos Santos. Um dos mais emblemáticos detidos, Luaty Beirão, alegou que seria o presidente angolano a tomar uma decisão sobre o caso.
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Foi sob um forte aparato policial que começou em Benfica, Luanda, o julgamento dos 17 arguidos, incluindo 15 em prisão preventiva.
As audiências poder-se-iam prosseguir até sexta-feira.
O músico Luaty Beirão, um dos arguidos detidos, cumpriu uma greve de fome de mais de um mês que o celebrizou mundo fora, denunciando o abuso da duração legal de prisão preventiva.
No seu entender só José Eduardo dos Santos, o chefe de Estado angolano, poderá tomar uma decisão sobre o caso.
Luaty Beirão, em declarações à agência Lusa
Também por parte dos familiares dos acusados permanece o cepticismo quanto a uma absolvição do grupo.
Elsa Caholo, irmã de um dentre eles, confessava-se ansiosa, porventura ainda mais do que os próprios arguidos.
Elsa Caholo, em declarações à agência Lusa
Este foi um caso que se notabilizou além-fronteiras com muitos defensores de direitos humanos a denunciarem presos políticos.
A justiça angolana acusa-os de terem seguido formações visando atentar contra o Estado.
Em causa estava, nomeadamente, a leitura da adptação de um livro do norte-americano Gene Sharp "Da ditadura à democracia".
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