"Papéis da Prisão" de Luandino Vieira lançados hoje em Lisboa
"Papéis da Prisão: apontamentos, diário, correspondência (1962-1971)" é o título da obra hoje lançada na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, que reúne escritos de prisão do escritor angolano Luandino Vieira, detido pela PIDE em Luanda em 1961 e desterrado para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde em 1964, de onde saiu em 1972.
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O acervo que culminou em "Papéis da Prisão" editado pela Caminho, foi coligido por José Luandino Vieira em 17 cadernos, o que representa cerca de duas mil folhas manuscritas, onde além da escrita, figuram colagens e desenhos, bem como uma entrevista do autor e uma introdução realizada pelos três investigadores do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que participaram na prepparação e organização de "Papéis da Prisão": Roberto Vecchio, Mónica Silva e Margarida Calafate Ribeiro.
Margarida Calafate Ribeiro considera esta obra "inédita e inclassificável que coloca a literatura em língua portuguesa a par por exemplo dos diários de Gramsci ou de Nelson Mandela" e destaca ainda "a grande diversidade até do ponto de vista linguístico" de "Papéis da Prisão", obra que será lançada em Luanda a 10 de Dezembro.
Margarida Calafate Ribeiro
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