Angola: autoridades iniciam recolha de ADN de vítimas de conflitos políticos

A comissão para implantação do plano de reconciliação das vítimas de conflitos políticos entre 1975 e 2003  anunciou, na quinta-feira em Luanda, o início da recolha de amostras de DNA, de familiares para identificação dos corpos.

Depois de o Presidente angolano, João Lourenço, ter formulado recentemente desculpas às famílias que perderam os seus entes, as autoridades de Angola iniciaram no dia 3 de Junho de 2021 a recolha do ADN das vítimas dos conflitos políticos no país. AP - Andrew Caballero-Reynolds

A primeira recolha de ADN envolve os dirigentes do partido Unita, mortos em Luanda,após o pleito eleitoral de 1992.

Com o acto de 3 de Junho de 2021 teve início um longo processo que visa a exumação de corpos, identificação , assim como a entrega de ossadas às famílias para a realização de funerais condignos.

Entre os corpos dos dirigentes frequentemente reclamados pela Unita, destacam-se o vice,presidente Jeremias Chitunda, Salupeto Pena e Alicerces Mango. 

O primeiro passo do governo foi dado, com a entrega dos restos mortais do líder histórico da Unita, Jonas Savimbi.

O pedido de desculpas públicas aos familiares das vítimas dos conflitos políticos foi o acto central da implementação de um processo, ainda polémico e complexo, no quadro da reconciliação dos angolanos, após a sangrenta guerra civil que causou mais de 500 mil mortos.

Ouça aqui a correspondênciade Avelino Miguel em Luanda.

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Correspondência de Luanda, 3/6/2021