Jornalistas denunciam "perseguições" em Angola
Um grupo de quatro jornalistas concentrou-se esta terça-feira, 15 de Junho, junto à Procuradoria-Geral da Republica em Luanda para contestar as perseguições contra profissionais da comunicação social.
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Este os jornalistas figuram Lucas Pedro do site informativo clube k ou ainda Coque Mukuta da Voz da América, que enfrentaram contenciosos.
Além destes quatro jornalistas que protestaram hoje, outros três profissionais estão a ser alvo de processos judiciais relacionados com matérias divulgadas nos seus órgãos: Mariano Brás, do jornal 'O Crime', Carlos Alberto do 'Portal A Denúncia' e Liberato Furtado da 'Rádio Luanda'.
Nos cartazes podia ler-se “Basta! Investiguem os Procuradores e não os Jornalistas”; “Jornalistas não Roubam o Povo”; “Perseguir Jornalistas é Oprimir a Sociedade” e “Abaixo as Perseguições contra os Jornalistas”.
O jornalista Lucas Pedro, do site de informação “Club-K”, notificado a responder a pelo menos três processos, contesta os processos que a Procuradoria-Geral da República tem emitido nos últimos tempos.
Lucas Pedro considerou que a liberdade de imprensa e de expressão em Angola neste momento “é volátil”, lembrando que com a chegada ao poder do Presidente angolano, João Lourenço, em 2017, “havia uma abertura a nível da imprensa”.
Por seu lado, Coque Mukuta disse que o grande objectivo do protesto foi mostrar às autoridades que os jornalistas não são os culpados dos problemas que acontecem no país: “Há pessoas que devem ser investigadas, e não os jornalistas”.
Tendo em conta a aproximação das eleições gerais em Angola, em 2022, o jornalista angolano considera que a intenção do governo é criar um maior “medo nas populações”.
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