Angola aprovou alteração da lei do registo eleitoral oficioso
O parlamento angolano aprovou na globalidade por unanimidade a alteração da lei do registo eleitoral oficioso. No entanto o projecto de lei alterando a lei orgânica das eleições gerais não gerou consenso. Toda a oposição, com excepção da FLNA que se absteve, votou contra, num dispositivo aprovado pela maioria parlamentar do MPLA, partido no poder.
Publicado a:
Liberty Chiyaka, presidente do grupo parlamentar da UNITA, maior força da oposição, denuncia "o enforcamento do Estado de direito democrático"com esta alteração à lei orgânica das eleições gerais.
E isto por terem sido chumbadas várias das disposições avançadas pela oposição.
É o caso do apuramento municipal e provincial que foi recusado pelos deputados do partido no poder, bem como a identificação dos eleitores por via biométrica, que pretendia evitar casos de eleitores que votassem várias vezes.
Este responsável do partido do galo negro remata dizendo que "não está garantida a lisura, a transparência, a segurança, a confiança, sobretudo a credibilidade de todo o processo eleitoral."
Liberty Chiyaka, presidente do grupo parlamentar da UNITA, 1/9/2021
A RFI não conseguiu, até ao momento, ouvir o MPLA sobre o caso.
A primeira fase do recenseamento eleitoral deve começar este mês de Setembro, até ao final do ano, a segunda fase está agendada entre 5 de Janeiro e 31 de Março de 2022.
Angola que deve ir a votos no próximo ano para eleições gerais.
As eleições autárquicas deviam ter decorrido de forma inédita este ano, mas devido à pandemia as autoridades alegaram não haver condições para o efeito.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro