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Angola

Angola: UNITA tem Congresso em Dezembro

A UNITA deve reunir-se em Congresso até 4 de Dezembro conforme decidido nesta quarta-feira 20 de Outubro pela sua Comissão política.

Clarice Capuco, porta-voz da primeira reunião extraordinária da comissão política da UNITA.
Clarice Capuco, porta-voz da primeira reunião extraordinária da comissão política da UNITA. © AMPE ROGÉRIO/LUSA
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A UNITA, principal partido da oposição angolana, anunciou que vai organizar o seu Congresso até 4 de Dezembro de 2021, para escolher um novo líder para o partido.

Esta decisão acabou por ser adoptada na primeira reunião extraordinária da comissão política da UNITA. ​​​​​​ A realização de um novo Congresso foi aprovada com 222 votos a favor, um voto contra e 11 abstenções.

A respectiva porta-voz Clarice Capuco, resumiu as conclusões da reunião com, em pano de fundo, o afastamento da liderança do partido do “Galo Negro” de Adalberto Costa Júnior, e isto por decisão de justiça.

A primeira reunião extraordinária da comissão política da UNITA ouviu a posição do presidente do partido sobre a necessidade da realização do 13° Congresso e aprovou a realização do 13° Congresso até dia 4 de Dezembro de 2021. A primeira reunião extraordinária da comissão política rejeita a intromissão do Tribunal Constitucional na gestão da vida interna do partido, cuja autonomia é reconhecida pela lei dos partidos políticos. A primeira reunião extraordinária da comissão política da UNITA concluiu que o acórdão 700-2021 é um acórdão político que encerra uma armadilha política para se alcançar um objectivo político: o de dividir a UNITA, travar o amplo movimento social para a mudança, e inviabilizar a alternância no poder”, concluiu a porta-voz.

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Clarice Capuco, porta-voz da primeira reunião extraordinária da comissão política da UNITA 21-10-2021

A realização de um novo Congresso surge após a anulação do anterior Congresso, onde Adalberto da Costa Júnior foi eleito. A anulação foi ditada pelo Tribunal Constitucional que deu razão a um grupo de ditos militantes do partido do "Galo Negro" que pediam a destituição do presidente devido a alegadas irregularidades nessa eleição.

Uma das irregularidades seria o facto de Adalberto da Costa Júnior ter concorrido sem renunciar à nacionalidade portuguesa.

Isaías Samakuva, que recuperou o lugar de presidente da UNITA apos a anulação do anterior Congresso, disse que o acórdão do Tribunal Constitucional foi “meramente político” e objectivo seria dividir o partido, isto para inviabilizar a alternância no poder.

Isaías Samakuva, presidente da UNITA.
Isaías Samakuva, presidente da UNITA. © LUSA - AMPE ROGÉRIO

Na altura do último Congresso, Adalberto Costa Júnior foi eleito terceiro presidente do partido com mais de 50% dos votos em 960 eleitores, isto a 15 de Novembro de 2019.

De notar ainda que mais de uma centena de apoiantes de Adalberto Costa Júnior se concentraram frente ao local onde decorre a reunião da comissão política para apoiar o presidente destituído da UNITA, Adalberto da Costa Júnior.

Adalberto da Costa Júnior, destituído da liderança da UNITA.
Adalberto da Costa Júnior, destituído da liderança da UNITA. © LUSA - AMPE ROGÉRIO

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