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#Angola/Greve

Taxistas suspendem greve em Angola

Em Angola, as associações de taxistas suspenderam, esta terça-feira, a greve iniciada um dia antes e denunciaram a detenção de mais de uma centena dos seus filiados. Os taxistas apelam ao diálogo e falam em “desinformação” de órgãos públicos.

Rafael Inácio, da Associação de Taxistas dos Angola, Francisco Paciente, da Associação Nacional dos Taxistas de Angola, e Manuel Faustino, presidente da Associação de Taxistas de Luanda, durante a conferência de imprensa em Luanda, a 11 de Janeiro de 2022.
Rafael Inácio, da Associação de Taxistas dos Angola, Francisco Paciente, da Associação Nacional dos Taxistas de Angola, e Manuel Faustino, presidente da Associação de Taxistas de Luanda, durante a conferência de imprensa em Luanda, a 11 de Janeiro de 2022. LUSA - AMPE ROGÉRIO
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O anúncio da suspensão da greve foi feito pelos líderes das três organizações que convocaram a paralisação dos serviços, Manuel Faustino, da Associação de Taxistas de Luanda, Francisco Paciente, da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola, e Rafael Inácio, da Associação dos Taxistas de Angola.

As associações denunciaram a detenção de mais de uma centena dos seus filiados e disseram que a prioridade é a libertação dos taxistas, caso contrário não excluem nova greve.

De acordo com a agência Lusa, Rafael Inácio sublinhou que os associados “realizaram a paralisação de forma pacífica”, disse que muitos foram detidos por se recusarem a carregar passageiros, e que os “taxistas estão a ser caçados em casa, alvo de ameaças e de constantes ligações”.

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Rafael Inácio, Associação dos taxistas de Angola

As associações de taxistas frisaram que a greve pretendia vincar reivindicações económicas e sociais dos associados, demarcando-se e condenando uma vez mais os incidentes ocorridos segunda-feira, na zona de Benfica, que provocaram danos materiais.

Além disso, os líderes associativos falaram em “desinformação” de órgãos públicos que teria levado a que as pessoas saíssem à rua, na segunda-feira, contando com os serviços e deparando-se com a situação da falta de táxis, gerando descontentamento e actos de violência.

Os taxistas mostraram-se, ainda, abertos ao diálogo.

Manuel Faustino sublinhou, também, que a decisão da greve não tem a ver apenas com a questão da lotação (antes limitada a 30% da capacidade devido à pandemia de covid-19 e que, segundo o Governo, passou novamente a 100%), mas sim com reivindicações que se arrastam há alguns anos.

Entretanto, esta quarta-feira,  o Presidente de Angola, João Lourenço, considerou que o vandalismo registado na segunda-feira em Luanda, durante a paralisação dos taxistas, foi um "acto de terror" que visava tornar o país ingovernável e "subverter o poder democraticamente instituído".

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