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#Morte de José Eduardo dos Santos

Angola presta homenagem a José Eduardo dos Santos

Em Luanda, o Memorial Dr. Agostinho Neto recebe, a partir desta segunda-feira, os angolanos que quiserem prestar homenagem ao ex-Presidente José Eduardo dos Santos. Em todas as províncias, haverá locais para velórios públicos, enquanto se aguarda a marcação de uma data para as exéquias.

Luanda, 9 de Julho de 2022.
Luanda, 9 de Julho de 2022. AFP - JULIO PACHECO NTELA
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As homenagens ao antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que morreu a 8 de Julho, aos 79 anos, começaram, esta segunda-feira, na Praça da República, em Luanda, no Memorial Dr. Agostinho Neto, com a abertura do livro de condolências.

Esta manhã, o Presidente João Lourenço inaugurou as mensagens e escreveu :"Neste momento de dor e consternação, os angolanos choram o Presidente José Eduardo dos Santos que, nos momentos mais difíceis do país, entregou-se por inteiro na defesa da Independência e da Soberania Nacional. Vemo-nos e honramos a sua memória, defendendo e perpetuando a sua maior obra, a paz e Reconciliação Nacional."

Em seguida, assinaram o livro de condolências o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, juízes dos Tribunais Superiores, ministros de Estado, Titulares do Poder Executivo, entre outras personalidades.

Angola está em luto nacional por sete dias. Nas instituições públicas, as bandeiras estão colocadas a meia haste e estão proibidos eventos políticos, desportivos e culturais.

Entretanto, o corpo do antigo Presidente foi autopsiado, como pedido pela filha Tchizé dos Santos. De acordo com a France Presse, que ouviu um dos advogados de Tchizé dos Santos, ainda não são conhecidos os resultados. Tchizé dos Santos tem-se manifestado publicamente contra a realização de um funeral em Luanda, afirmando que essa não era a vontade do pai e que José Eduardo dos Santos não queria ser sepultado em Angola enquanto João Lourenço estiver no poder. Tchizé, bem como a filha mais velha do ex-Presidente, Isabel dos Santos, que enfrenta processos judiciais em vários países, não vão a Angola há vários anos, alegando perseguições políticas e temerem pela própria vida. Na sexta-feira, João Lourenço, disse que o governo angolano vai organizar as exéquias fúnebres do ex-Presidente e disse contar com a presença de todos, incluindo a família "que está lá fora".

Em relação à chegada do corpo a Luanda, Marcy Lopes, o ministro da Administração do Território e porta-voz da comissão multissectorial para as cerimónias fúnebres, disse ser "prematuro” avançar informações sobre o assunto mas adiantou que se encontra em Barcelona uma delegação do executivo, com a presença do ministro das Relações Exteriores, Téte António, a interagir com a família do ex-Presidente para se chegar a um entendimento.

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