Angola: Manifestantes pedem "liberdade agora"
Em Angola centenas de manifestantes marcham pela defesa do Estado democrático e de direito e pela libertação dos presos políticos no país. A participar na concentração está a activista Angola Laura Macedo que descreve um “ambiente de festa” de uma “multidão com pressa de gritar “liberdade agora”.
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Em Angola decorre, sem incidentes, a marcha convocada pela Unita. Centenas de manifestantes marcham pela defesa do Estado democrático e de direito e pela libertação dos presos políticos no país.
A participar na concentração está a activista Angola Laura Macedo que descreve um “ambiente de festa” de uma multidão com pressa de gritar “liberdade agora”.
“O ambiente está calmo, o ambiente é de festa. As pessoas estão com canções muito giras, nada agressivas. A polícia está aqui no local, está tranquila. Tinham aqui uns blindados, uns carros de choque, mas já os tiraram para nos deixar passar.
Mesmo no Largo 1° de Maio, há coisa de 5 minutos, eles [a polícia] tiraram os carros de transporte de tropas que estavam aqui. A situação está calma. Devemos ter aqui, sem querer exagerar, mais de 20.000 pessoas.
Há muita gente e há um forte positivo policial, mas não há problema, não está a haver problema absolutamente nenhum.
Desde há muito tempo que a polícia não deixava nenhuma manifestação, quer de partido político que não fosse o MPLA, quer da sociedade civil, passar pelo Largo 1° de Maio.
Já estou outra vez envolvida pela multidão. A multidão tem pressa de gritar, anda em passos de marcha acelerada como se estivesse a querer ‘liberdade agora’.”
De acordo com a UNITA, a marcha pretende defender o Estado democrático e de direito e pela libertação dos presos políticos no país, estando convidados todos os angolanos que se revejam nos objectivos desta manifestação.
Esta semana, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, denunciou que no período pós-eleitoral foram detidos em bairros de Luanda e outras províncias, jovens, activistas cívicos e membros de partidos políticos, nomeadamente da UNITA, alguns dos quais terão sido espancados e alvo de tortura física.
De referir, que apesar dos partidos de oposição se terem solidarizado inicialmente com o protesto, acabaram por se afastar da iniciativa convocada pelo partido do Galo Negro.
A UNITA, o principal partido da oposição em Angola, não aceita os resultados definitivos das eleições gerais de 24 de Agosto, anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral.
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