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Angola/Enfermeiros

Angola: Greve dos enfermeiros irrita pacientes

A greve dos enfermeiros e a suspensão de serviços de saúde gerou algum descontentamento da parte de utentes dos hospitais públicos em Luanda. O Ministério da Saúde apela à calma e promete uma solução junto do sindicato, a quem reconhece o que descreveu como o “mérito das reivindicações”.

Imagem de arquivo.
Imagem de arquivo. FLORENCE PANOUSSIAN / AFP
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Vários doentes que acorreram aos hospitais públicos, em Luanda, mostram-se enfurecidos devido à suspensão de alguns serviços de saúde, como consequência da greve dos enfermeiros. O Ministério da Saúde apela à calma e promete uma saída junto do sindicato, a quem reconhece o “mérito das reivindicações”.

A classe de enfermagem angolana garantiu que, enquanto durar a greve, o atendimento clínico estaria à disposição dos utentes, mas segundo pacientes, ouvidos pela RFI, alguns enfermeiros decidiram suspender toda a actividade.

Joana Ngueve, de 34 anos, deslocou-se ao Hospital do Capalanga, num dos bairros de Luanda, para ser consultada, mas não conseguiu: “Vim para fazer análises e me disseram que estão em greve. Estou a voltar. Agora, não tenho como, porque não tenho dinheiro para ir para clínicas”.

Quem também viu rejeitada a assistência médica num dos centros de saúde do distrito do Rangel, foi o casal Valente Domingos e Margarida Teca, que dizem esperar pela consulta, mesmo sabendo que os enfermeiros observam uma greve geral. 

“Estamos a andar com duas crianças. Agora, não sei se serei atendido hoje. Os médicos estão a trabalhar, mas os enfermeiros estão em greve. Ainda estou a aguardar para saber se poderei ser atendido. Os médicos dizem que não podem atender sem os enfermeiros. Estamos aqui desde as 6h30 e ainda não fomos atendidos”.

Governo e sindicato em sintonia

Baptista Monteiro, director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde, tranquiliza a população e esclarece que está a fazer tudo com o sindicato para encontrar uma saída que conduza ao levantamento da greve. 

“O direito à greve é um direito constitucional. Nós respeitamos isso. E tudo estamos a fazer para que possamos aproximar as partes e levantarmos a greve o mais rapidamente possível. Neste momento queremos tranquilizar a população de que as unidades sanitárias estão a funcionar. Os cidadãos que tiverem alguma preocupação devem-se dirigir às unidades sanitárias. O canal está aberto com os nossos parceiros, apesar de estarem em greve, continuamos a manter contactos”.

O responsável assegurou que alguns pontos do caderno reivindicativo dos enfermeiros já foram atendidos e que os restantes estão a merecer tratamento do departamento ministerial.

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