Angola: Católicos lembram Bento XVI no dia do seu funeral
Milhares de católicos angolanos prestaram uma última homenagem a Bento XVI, no dia em que o Papa Emérito foi a enterrar na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
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Em Luanda, várias entidades, incluindo a vice-presidente da República, Esperança Gaspar, deslocaram-se à Anunciatura Apostólica para assinar um livro de condolências.
Alguns fiéis católicos, em Luanda, recordam e choram a morte do papa emérito, falecido a 31 de Dezembro de 2022.
Em 2009, Bento XVI visitou Angola e presidiu às jornadas nacionais da juventude católica. Na deslocação de três dias, o sumo pontífice criticou a corrupção e apelou à luta contra a pobreza.
O ponto alto desta deslocação foi numa missa campal em Luanda que juntou mais de um milhão de fiéis provenientes de todo o continente africano.
Extracto da homilia de Bento XVI, na sua deslocação a Angola em 2009.
Miguel Buila, um dos músicos que abrilhantou o acto, sintetiza que o encontro que teve com o Papa marcou o começo da sua vida missionária, enquanto católico.
“A oportunidade de cantar diante dele, deixou-nos um legado de muita oração, muito retiro, de muita introspecção. Joseph Ratzinger será uma marca do começo da minha vida missionária, enquanto católico. Miguel, não desistas, continua a igreja está contigo!”, disse o músico gospel.
Silvana Domingos diz que Bento XVI vai continuar a ser um exemplo para os católicos em função dos seus ensinamentos que, para ela, devem ser seguidos e aplicados pela Igreja.
“O Papa foi um bom exemplo para a Igreja Católica e para todos nós. Se seguirmos os mandamentos dele, se seguirmos o que ele sempre disse, a Igreja estaria melhor do que está agora. Sentimos muito a perda dele e vai-nos fazer muita falta, porque o Papa foi um Deus na terra para nós”, alertou.
António Gaspar, catequista ao serviço da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Luanda, recorda Bento XVI ao descrevê-lo como um homem que se entregou a Deus para pregar o evangelho aos pobres.
“É uma memória muito forte. Conheci-o quando ele veio visitar Luanda, em 2009, conheci-o pela primeira vez. É uma perda. Para a Igreja era um evangelista forte. Um homem que aceitou Jesus e deu a sua vida, doou-se a Deus para pregar o evangelho aos pobres necessitados”, revelou o também cartoonista, de 65 anos.
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