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Angola

Luanda: "Cinco activistas detidos, a repressão da marcha já começou"

Foi convocada para este sábado, 28 de Janeiro, uma marcha denominada "pela justiça e liberdade" em Luanda, para pedir a libertação de presos políticos. Os organizadores do evento começaram a reunir-se no local de concentração da marcha, no largo das Heroínas, quando cinco activistas foram detidos pela polícia.

A manifestação tem como local de concentração o largo das Heroínas e como destino final o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.
A manifestação tem como local de concentração o largo das Heroínas e como destino final o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. © AFP
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Os activistas convocaram uma marcha “pela justiça e liberdade”, em Luanda, a fim de pedir a libertação de presos que consideram ser políticos. Tanaice Neutro, Luther King, José Julino Kalupeteca e o líder do Movimento Protectorado Lunda-Tchokwe, José Domingos Mateus “Zecamutchima”, alguns dos presos citados no recente relatório sobre os direitos humanos pela organização não-governamental Human Rights Watch.

A manifestação tem como local de concentração o largo das Heroínas, tendo como destino final o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. O activista angolano, Osvaldo Kaholo, descreve um clima de "terror" no ponto de encontro da marcha, "pela justiça e liberdade",  depois de cinco activistas terem sido detidos pelas autoridades angolanas.

"Os polícias estão a retirar cartazes e prenderam os meus companheiros, nomeadamente, a Laurida Gouveia, o Geraldo Dala, o Matulunga Cesar Kiala. Eles acabam de ser presos porque são organizadores e precisavam de estar aqui. Tive de me afastar, mas vi cinco pessoas a serem presas", descreve o activista angolano, Osvaldo Kaholo.

O largo das Heroínas foi"completamente cercado" por veículos da polícia de intervenção rápida, "num clima de terror", aponta Osvaldo Kaholo. "Há carros de água, carros blindados. A repressão da marcha já começou", denuncia.

O activista Gilson da Silva Moreira, conhecido como Tanaice Neutro, foi condenado a um ano e três meses de prisão, com pena suspensa por dois anos, pela prática do crime de ultraje contra o Estado, seus símbolos e órgãos. Tanaice Neutro foi condenado por ter insultado o Presidente da República, João Lourenço, e efectivos da Polícia Nacional, em vídeos que gravou e partilhou nas redes sociais.

Já o activista José Mateus Zecamutchima líder do Movimento do Protectorado Português Lunda Tchokwé, foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelos crimes de associação criminosa e incitação à rebelião, devido a incidentes registados no Cafunfu, província da Lunda Norte, depois de uma manifestação.

 

 

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