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Morte/Angola

Mortes por má nutrição crónica de crianças disparam em Angola

Em Angola, cerca de 40 % de crianças morreram, nos primeiros seis meses deste ano, de má nutrição crónica no conjunto da mortalidade infantil. Os dados foram revelados pelo Ministério da Saúde.

A fome tem vindo a afectar ciclicamente Angola (aqui em 2002).
A fome tem vindo a afectar ciclicamente Angola (aqui em 2002). AFP
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A coordenadora da área da Desnutrição do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), Joana Abraão, alerta, durante uma conferência sobre Má Nutrição Infantil, para o aumento de casos desnutrição crónica em Angola, responsável pela maioria das mortes de crianças. 

O que é mais relevante é a prevalência. É número de casos de desnutrição que temos no país. Nós temos 38% das crianças sofrendo de desnutrição crónica e das crianças menores de 5 anos, 5% padecem de desnutrição aguda”, advertiu a responsável da Unicef Angola.

E Natália da Conceição, coordenadora do Programa Nacional de Desnutrição do Ministério da Saúde, confirma que, no primeiro trimestre deste ano, cerca de 45 mil casos de desnutrição foram registados no país.

Segundo o último relatório, cerca de 45 mil casos de desnutrição aguda, foram atendidos este ano, até ao primeiro trimestre deste ano”, referiu.

Quanto aos números de mortes, o pediatra da Sociedade Angolana de Pediatria, César Freitas, ressalta que os óbitos variam entre 17 a 40 %, considerando inadmissível a taxa de mortalidade infantil no país.

Em relação à morte dessas crianças, em função das unidades que nós temos, os óbitos variam, de 17 a 40 %, o que é considerado inaceitável”, concluiu.

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