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Brasil/Escravidão

Relatório denuncia trabalho forçado no Brasil

Um relatório divulgado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) nesta terça-feira denuncia o trabalho forçado no Brasil. Segundo o estudo, nos últimos 15 anos mais de 40 mil pessoas que atuavam em condições próximas da escravidão foram libertadas no país.

Mais da metade dos trabalhadores libertados voltaram ao trabalho forçado por falta de oportunidade.
Mais da metade dos trabalhadores libertados voltaram ao trabalho forçado por falta de oportunidade. Getty Images/Studio Box
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A Organização explica que apesar dos esforços feitos pelo governo brasileiro para erradicar o trabalho forçado, a prática ainda atinge milhares pobres no Brasil. De acordo com a OIT, desde 1995 mais de 40 mil trabalhadores foram libertados de situações próximas da escravidão (sem contrato, nem salário). Muitos deles viviam em acampamentos precários, sem água potável nem instalações sanitárias.

Segundo o estudo, mesmo se algumas vítimas recebiam um salário, quase sempre eram obrigadas a pagar pela comida, moradia e ferramentas, o que consumia toda a remuneração.

A OIT entrevistou 121 trabalhadores libertados durante inspeções realizadas entre 2006 e 2007. A pesquisa mostra que 59,7% voltaram ao trabalho forçado por falta de oportunidade.O relatório também aponta que grande parte não teve acesso à escola e é originária das zonas mais pobres do nordeste brasileiro. A maioria das vítimas é negra e começou as atividades ainda criança.

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