Secretário-geral da Fifa reage e diz que reação de Rebelo foi "infantil"

O secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke, reagiu neste sábado à declaração do ministro brasileiro dos Esportes, Aldo Rebelo, dizendo que o governo não "aceita mais" Valcke como interlocutor. Nesta sexta-feira, o dirigente afirmou que o Brasil precisava de um "pontapé no traseiro" para terminar as obras da Copa do Mundo de 2014, e apenas o Rio e São Paulo tinha condições de receber os turistas para o Mundial.

O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, em Moscou. Reuters

De acordo com Valcke, a reação do governo brasileiro foi um “um pouco infantil.” Depois de uma reunião neste sábado, em Londres, o secretário-geral da Federação disse que viajará ao Brasil no dia 12 de março, e reafirmou que o país não está honrando os compromissos em relação à organização do evento, às construções dos estádios, e outros atrasos. Ele também sugeriu que o país "se preocupe principalmente com esse problema." “Agora, se o problema é eu ter feito uma declaração, enquanto nada evoluiu nos últimos cinco anos… Eu disse exatamente o que está acontecendo no Brasil, onde as coisas no estão bem encaminhadas", declarou. "Se o resultado disso é que agora o governo não quer mais falar comigo, e nem trabalhar comigo, acho um pouco infantil", disse.

Na sexta-feira, em um entrevista em Londres, o dirigente criticou o atraso nas obras e na votação da Lei Geral da Copa, que estabelece as diretrizes do Mundial. Valcke então propôs que os responsáveis pela Copa levassem "um pontapé no traseiro" e recuperassem o tempo perdido. Uma das maiores preocupações da Fifa é a infraestrutura, considerada insuficiente para um evento desse porte. Segundo o dirigente, apenas Rio e São Paulo têm condições de receber os turistas esperados para o campeonato.

O governo brasileiro refutou as críticas da Fifa. em entrevista à imprensa brasileira, o ministro Aldo Rebelo afirmou que, nas cidades-sedes, mais de 50% dos trabalhos já foram concluídos e serão entregues no prazo. De acordo com ele, apenas Natal teria atrasos significativos. O ministro ainda lembrou que em todos os países europeus ocorreram problemas semelhantes, e os "prazos serão honrados"  Ele afirmou que o Brasil continuará mantendo uma boa relação com a Fifa, apesar do incidente.