Igreja Católica de Cabo Verde sensibiliza peregrinos a não ficarem em Portugal

Mais de 900 cabo-verdianos vão viajar para Lisboa para a 33ª Jornada Mundial da Juventude. A Igreja Católica de Cabo Verde admite a possibilidade do não regresso de alguns “peregrinos”, por isso, está a sensibilizar os participantes a não aproveitarem a viagem para emigração clandestina.

Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no espaço do Parque Eduardo VII. © lusa

O assistente diocesano da juventude das dioceses de Cabo Verde, o diácono José Pereira Vaz, em declarações à imprensa, explicou que há um trabalho de sensibilização junto dos 913 “peregrinos” cabo-verdianos que viajam no dia 25 deste mês para Portugal a não ficarem nas terras lusas.

"É uma delegação muito grande que exige organização e cuidado. Nós sabemos que Cabo Verde tem visto Portugal como um país de oportunidades. Existe esta tendência de as pessoas aproveitarem oportunidades extra organização para poderem fazer as suas vidas", descreveu o diácono José Pereira Vaz.

O assistente diocesano da juventude das dioceses de Cabo Verde lembrou, ainda, que é "colocado é um visto com um código específico para a JMJ, com duração de 18 dias. A garantia que damos é a consciencializar para fazer aquilo que é o correcto. Há um controlo grande e ficando lá correm o risco de serem expatriados".

A preocupação da igreja católica cabo-verdiana surge no momento em que muitos jovens cabo-verdianos tentam o agendamento de visto para Portugal à procura de emprego, num processo moroso e bastante criticado pela sociedade civil devido ao "açambarcamento" de vagas para pedidos de vistos.

Quanto à preparação para a participação na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa de 01 a 06 de Agosto, o diácono José Pereira Vaz, garantiu que está decorrer normalmente com a maior comitiva cabo-verdiana num encontro mundial com o Papa.