Cabo Verde preocupado com fim do acordo sobre exportação de cereais ucranianos
O governo de Cabo Verde está preocupado com suspensão por parte da Rússia do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro. O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirma que a suspensão vai ter impacto significativo nos países africanos.
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Apesar de Cabo Verde não importar directamente da Rússia e da Ucrânia, o chefe do governo afirma que a suspensão por parte da Rússia do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro tem consequências negativas em todos os países, particularmente, nos menos desenvolvidos como Cabo Verde. Daí a preocupação de Ulisses Correia e Silva.
“Nós vemos com muita preocupação porque é uma questão que tem impacto a nível global e, particularmente, nos países menos desenvolvidos, alguns países africanos que têm a importação directa da Rússia e também da Ucrânia. O problema não é só a quantidade de produtos que não chega, mas os preços que tendem a aumentar quando estas questões se verificam. O problema é que esta situação atinge um mercado global e atingindo o mercado global, acaba por atingir todos os países, particularmente na questão do aumento dos preços. Normalização é no sentido de cumprimento daquilo que era um acordo que já tinha sido estabelecido entre Ucrânia e Rússia, com a intermediação da Turquia para que o mercado pudesse funcionar e esperamos que funcione”, afirmou o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
Também, a União Africana já lamentou a decisão da Rússia de suspender o acordo que permitia a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro, defendendo que os cereais devem ser enviados para onde são precisos. Assinado em Julho de 2022 em Istambul e já renovado duas vezes, o acordo sobre os cereais expirou na segunda-feira passada.
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