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#Cabo Verde

Mindelact arrancou com mulheres em força e em “liberdade”

A 29ª edição do Festival Internacional de Teatro do Mindelo, Mindelact, começou esta sexta-feira, na ilha de São Vicente. O director do festival, João Branco, destaca que a programação é maioritariamente composta por espectáculos dirigidos e interpretados por mulheres numa edição que tem como tema a “Liberdade”.

João Branco, Director artístico do Festival Internacional de Teatro do Mindelo, Mindelact.
João Branco, Director artístico do Festival Internacional de Teatro do Mindelo, Mindelact. © Carina Branco/RFI
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Em conversa com a RFI, após a abertura oficial do Mindelact 2023, o director artístico do Festival Internacional de Teatro do Mindelo, João Branco, destacou que, pela primeira vez, a programação é maioritariamente composta por espectáculos dirigidos e interpretados por mulheres. “Eu acho isso extremamente importante, para além das múltiplas temáticas que estão sendo desenvolvidas, falando um pouco da nossa história”, afirmou.

O cartaz, com mais de 30 peças, foi inaugurado, na noite de sexta-feira, na garagem subterrânea do Hotel Las Rochas, Lazareto, na ilha de São Vicente, com o espetáculo #5BOCHIZAMI de Flávia Gusmão, um projecto colaborativo dedicado à produtora e activista cultural Samira Pereira (1976-2021). No total, há cinco palcos. João Branco diz que o palco 2 é uma mostra de criadores cabo-verdianos onde estão a ser estreadas 13 peças realizadas no âmbito do projecto Tripé das Ilhas, desenvolvido pelo Mindelact, de São Vicente, pela Associação Raiz di Polon, de Santiago, e pelo Projeto Chiquinho, de São Nicolau. O objectivo é a internacionalização das artes performativas “que é a única forma de gerar renda e profissionalizar os artistas nacionais”.

Trouxemos vários artistas internacionais  ao longo destes dois anos que fizeram residência artística nestas três ilhas que ofereceram às comunidades artísticas oficinas abertas sobre as temáticas nos quais eram especialistas. É um projecto que tem uma curadora internacional que é financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian e vem uma representação da Fundação para ver o resultado desse trabalho. Nós vamos ter hoje aquilo que é o meu caminho deste projecto que são as criações que estão a ser estreadas”, acrescentou João Branco. 

Na programação do “Palco 1”, no Centro Cultural do Mindelo, estão, por exemplo, as peças “Coração de Lava”, da companhia cabo-verdiana de dança Raiz di Polon, “A Faint Patch of Light” da sul-africana Qondiswa James, e “Outra Tempestade”, uma coprodução entre o Mindelact e o Teatro da Garagem de Lisboa, numa encenação de Carlos Pessoa da versão que o poeta Aimé Césaire fez do texto de Shakespeare.

O “Palco 2”, no espaço da ex-Academia das Artes Integradas do Mindelo (ALAIM), vai acolher peças criadas no âmbito do projecto Tripé das Ilhas, uma iniciativa conjunta do Mindelact, da Associação Raiz di Polon e do Projecto Chiquinho e que dá voz a criadores cabo-verdianos.

O “Palco 3” inclui locais que vão acolher performances e teatro de rua, enquanto o “Palco 4” vai funcionar no pátio do CCM e vai receber o “Ciclo de Contadores de Estórias”, com a participação especial do Projecto Chiquinho de Cabo Verde.

O “Palco 5”, que é a extensão do festival no Centro Cultural Português da cidade da Praia, vai acolher os espectáculos “Mãe de Santo” da companhia brasileira Palavra Z, esta sexta-feira, “Sodad d’um ilha” da cabo-verdiana Milanka Vera-Cruz, a 6 de Novembro, e o projecto luso-cabo-verdiano “Outra Tempestade”, a 13 de Novembro.

Mindelact conta, ainda, com a exposição “Soliloquy” do artista plástico cabo-verdiano Yuran Henrique.  

O Mindelact decorre de 3 a 11 de Novembro na cidade do Mindelo e vai também ter espectáculos na Praia até 13 de Novembro. A edição deste ano é dedicada à "Liberdade" e junta companhias e actores de Cabo Verde, Portugal, Brasil, Espanha e África do Sul.

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