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Mercado financeiro

Agência ameaça baixar nota de principais bancos franceses

Os três principais bancos franceses poderão ter suas notas de risco rebaixadas pela agência de notação Moody’s, devido ao envolvimento na crise grega. O BNP Paribas, o Société Générale e o Crédit Agricole serão avaliados pela agência, que vai estimar o quanto estes bancos estão ligados à possível falência da Grécia, percebida pela Moody’s como uma possibilidade cada vez mais próxima.

O porta-voz do governo, François Baroin, não teme o rebaixamentos dos bancos.
O porta-voz do governo, François Baroin, não teme o rebaixamentos dos bancos. Reuters/Philippe Wojazer
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A agência cogita que a Grécia não consiga arcar com os compromissos que assumiu para sair da crise econômica, incluindo empréstimos, e portanto vai medir “ a incoerência potencial que poderia existir entre uma moratória ou uma reestruturação (da dívida grega) e as notas atuais” dos estabelecimentos franceses.

Esta avaliação não deve ultrapassar o rebaixamento de um estágio nas notas do BNP Paribas e do Crédit Agricole, de acordo com a Moody’s. Já no caso do Société Générale, a mudança poderia atingir dois níveis, já que a exposição à situação na Grécia não é a mesma nos três casos. O anúncio provocou a baixa dos títulos dos três estabelecimentos na bolsa de Paris.

No caso do Crédit Agricole, o risco corresponde à sua filial Emporiki e créditos privados. A agência considera que o efeito secundário de uma falência do Estado grego poderia ser “significativo” para o banco. Já o BNP Paribas e Société Générale estão envolvidos com títulos de Estado: 5 bilhões no caso do primeiro e 2,5 bilhões de euros para o segundo. A Société Générale ainda possui uma filial grega, o Geniki, que tem 21,1 bilhões de euros em empréstimos privados – 3,2 bilhões no caso do Crédit Agricole.

A Moody’s explicou que, na sua avaliação, vai considerar o perfil financeiro “sólido” dos três bancos franceses, o tamanho e a diversidade de suas fontes de renda.

“Isso não nos preocupa”, disse p porta-voz do governo francês, François Baroin, acrescentando que “seria uma degradação limitada” das notas, se ocorrer. Já o Crédit Agricole afirmou que os seus negócios na Grécia representam apenas 2% do volume de créditos do grupo, enquanto o BNP Paribas destacou que, de sua parte, este montante não passa de 0,6%.
 

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