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Ministerial G20/Coreia do Sul

Ministros das Finanças do G20 discutem taxa global sobre bancos

Ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20 reúnem-se sexta-feira e sábado na estação balneária de Busan, na Coreia do Sul. O principal tema em debate é a criação de uma taxa global sobre os bancos para proteger o mundo de novas crises financeiras. 

A reunião ministerial da Coreia do Sul é a última antes da cúpula de líderes do G20, no final do mês, no Canadá.
A reunião ministerial da Coreia do Sul é a última antes da cúpula de líderes do G20, no final do mês, no Canadá. Reuters
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Os ministros das Finanças das vinte maiores economias do mundo se reúnem durante dois dias, na Coreia do Sul, para detalhar a agenda de reforma do sistema financeiro internacional. A reunião é uma preparação para a cúpula do G20 de Toronto, nos dias 26 e 27 de junho. O ponto mais polêmico em discussão é a criação de uma taxa global sobre os bancos. Brasil, Canadá e Austrália se opõem à adoção desse novo imposto, enquanto Estados Unidos e União Europeia defendem a medida. O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, participa dos debates.

O FMI informou nesta quinta-feira que vai apresentar aos ministros dos países ricos e emergentes novas fórmulas de taxação do sistema financeiro internacional. O FMI vai detalhar sua proposta de taxa bancária para criar um fundo de emergência para países em crise, assim como uma taxa sobre os benefícios e as remunerações dos bancos. A ideia tem o apoio de americanos e europeus, mas enfrenta resistência entre países como Brasil, Canadá e Austrália, cujos bancos não beiraram a falência.

Outro assunto de interesse do Brasil é o direito de voto no FMI. Os chefes de Estado e de governo concordaram, em setembro do ano passado, em dar mais peso aos emergentes.

A crise orçamentária da zona euro também faz parte dos debates. Se por um lado os participantes apoiam as medidas tomadas para amenizar a crise da dívida europeia e apaziguar os mercados, por outro lado, Estados Unidos e China devem cobrar dos países da zona euro a instauração de um plano de estabilização de 750 bilhões de euros, assim como as reformas orçamentárias necessárias para restaurar a confiança do mercado. Quanto aos fundos especulativos, o G20 defende o princípio de que os grandes fundos prestem contas a organismos financeiros de vigilância. O enquadramento das agências de notação também será analisado.

A questão da revalorização do yuan, a moeda chinesa, é outro assunto sensível, que vem provocando fortes críticas dos Estados Unidos.

A regulação financeira certamente vai mobilizar os participantes, que concordam que reformas devem ser coordenadas em nível mundial. A reunião pode ser uma boa oportunidade para os americanos apresentarem seu próprio projeto, cujo objetivo é restringir as atividades de risco dos bancos.
 

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