Números do desemprego decepcionam nos Estados Unidos

Os Estados Unidos criaram menos empregos que o esperado no mês de junho, contrariando as previsões de uma retomada da economia norte-americana. O índice de desemprego também subiu para 9,2% da população ativa. O resultado teve repercussões imediatas nos mercados financeiros.

A criação de novos empregos nos Estados Unidos foi bem inferior que o previsto. REUTERS/Robert Galbraith

As estatísticas oficiais sobre o desemprego do mês de junho nos Estados Unidos foram divulgadas nesta sexta-feira e revelam que apenas 18 mil novos empregos foram criados durante o mês, um número bem menor que os 90 mil previstos pelos economistas do país. O departamento do Trabalho também corrigiu os resultados dos meses de maio e abril, que foram inferiores aos anunciados anteriormente.

Os números empurram para cima a taxa geral de desemprego do país, que passa dos 9,1% para 9,2% da população ativa. Esse é o maior índice desde dezembro do ano passado, quando 9,4% dos norte-americanos não tinham trabalho.

Os resultados contrariam os especialistas, que apostavam em uma retomada da economia nos Estados Unidos. “Isso indica que a estagnação da economia continua e que o crescimento da renda é marginal”, comenta Pierre Ellis, analista na consultoria Decision Economics, em Nova York.

Para o presidente dos Estados Unidos, os números confirmam algo que os americanos já sabiam. “Nós ainda temos um longo caminho pela frente para oferecer à população a segurança e as oportunidades que eles merecem”, disse Barack Obama.

As estatíticas tiveram repercussão imediata nos mercados financeiros. A bolsa de Nova York abriu em baixa acentuada nesta sexta-feira, com o índice Dow Jones em queda de 0,86%, e o Nasdaq perdendo 0,89%.