Economia brasileira cresce 3,2% em 2012, diz OCDE
Os países emergentes atravessam uma retomada cíclica moderada de suas economias, segundo o relatório semestral da OCDE divulgado na manhã de hoje em Paris. O Brasil vai crescer 3,2% em 2012 e 4,2% no ano que vem, de acordo com projeções da organização. A zona do euro ficará sem crescimento em 2012. Estados Unidos e Japão registram melhora.
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Depois da queda acentuada nos últimos dois anos, a taxa de atividade econômica dá sinais de crescimento na China e na Índia. O PIB chinês deve crescer 8,2% em 2012 e 9,3% em 2013. Na Índia, os economistas apostam numa expansão do PIB de 7,3% este ano e 7,8% no ano que vem. A OCDE assinala que a situação nos países emergentes poderia ser melhor se não houvesse a pressão inflacionária, que atua como um freio ao desenvolvimento.
Economia global ameaçada pelo euro
Segundo a OCDE, a economia mundial retoma progressivamente o crescimento e deve se expandir 3,4% em 2012. Porém, essa retomada é considerada frágil e desigual de acordo com a região do mundo, devido à crise na zona do euro e os riscos de comprometimento global.
A zona do euro ficará sem crescimento em 2012. Enquanto em novembro passado a OCDE ainda tinha esperança de ver uma progressão de 0,2% no bloco de países da moeda única europeia, a situação se deteriorou e agora a organização prevê uma leve retração de 0,1% da atividade. Só em 2013 o PIB da zona do euro voltará a crescer 0,9%.
Esse quadro negativo na Europa é compensado por uma melhora no Japão e nos Estados Unidos, onde se observa uma modesta retomada do comércio e da confiança. A economia americana vai se expandir 2,4% em 2012, contra 2% previstos anteriormente. Já o PIB japonês vai aumentar 2% en 2012 e recuar para 1,5 % em 2013.
Desemprego: taxas diferentes conforme a região
Em seu relatório semestral, a OCDE assinala disparidades na evolução do mercado de trabalho. O desemprego entrou em curva descendente nos Estados Unidos e deve fechar o ano em 8,1%, caindo ainda mais no ano que vem (7,6%), enquanto na Europa a tendência é de aumento do número de desempregados: 10,8% em 2012 e 11,1% em 2013.
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