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Grécia/crise

Atenas anuncia economias de 4 bilhões de euros em 2013 e 2014

O ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, anunciou nesta terça-feira que a Grécia pretende poupar 4 bilhões de euros em 2013 e 2014. As economias fazem parte das reduções das despesas públicas de 11,5 bilhões de euros impostas pela troika de credores (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e que devem ser decididas pelo governo até setembro.

O ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, declarou hoje que não exclui a possibilidade de colocar no desemprego parcial cerca de 15 mil funcionários públicos até o final de 2012.
O ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, declarou hoje que não exclui a possibilidade de colocar no desemprego parcial cerca de 15 mil funcionários públicos até o final de 2012. REUTERS/Yorgos Karahalis
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“Os 11,5 bilhões de euros são um número importante. Nós ainda não chegamos lá, nos falta encontrar entre 3,5 e 4 bilhões de euros”, declarou Stournaras, após um encontro com o presidente grego, Carolos Papoulias.

Representantes da troika devem se reencontrar em setembro na capital grega. No domingo, eles indicaram que “houve progresso” nas discussões com os responsáveis gregos e que o país estava determinado a atingir os objetivos do plano de ajuste orçamentário.

Para tal, o país aceitou reduzir 150 mil funcionários do setor público até 2015, previsto no plano de ajuda há alguns meses. O ministro declarou hoje que não exclui a possibilidade de colocar no desemprego parcial cerca de 15 mil trabalhadores até o final deste ano.

Bônus do Tesouro

A Grécia captou nesta terça-feira 812,5 milhões de euros em bônus do Tesouro a seis meses, com taxas de juros em leve queda, a 4,68%. O anúncio foi feito pela agência grega de gestão de dívida pública (PDMA). A taxa de emissão precedente, no dia 10 de julho, estava a 4,70%, quando o país captou 1,625 bilhões de euro.

A emissão foi feita dois dias depois da visita à Grécia de representantes da troika, que pressiona o país para que ele adote uma plano econômico de 11,5 bilhões de euros para 2013 e 2014, necessário, segundo eles, para colocar o país novamente “nos eixos”.

Privada de acesso aos mercados devido a seu financiamento a médio e a longo termo, Atenas foi a primeira vítima em 2010 da crise da zona do euro. O país emite desde então bônus do Tesouro a três e a seis meses no começo de cada mês.

O relatório sobre a nova auditoria das contas gregas pela troika deve ser publicado em setembro antes do depósito do segundo empréstimo de 130 bilhões de euros acordados ao país. O depósito dos 31,5 bilhões de euros depende da adoção do pacote de medidas de austeridade por Atenas.

 

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