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Chipre/crise financeira

BC do Chipre propõe reestruturar sistema bancário para evitar colapso

O Banco Central do Chipre propôs uma reestruturação do sistema bancário do país, afetado pela exposição à crise grega e ameaçado de ir à bancarrota nos próximos dias. O Banco Central Europeu, que tem mantido os bancos do Chipre operacionais com uma linha de liquidez emergencial, afirmou que o governo tem até segunda-feira para conseguir um acordo, ou os recursos serão cortados.

Os bancos cipriotas permaneceram fechados nesta quinta-feira.
Os bancos cipriotas permaneceram fechados nesta quinta-feira. REUTERS/Yorgos Karahalis
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O anúncio foi feito pelo responsável da instituição, Panicos Demetriades, antes de entrar no palácio presidencial na capital Nicósia, onde se reúnem os responsáveis políticos do país. O BC cipriota recomendou a apresentação urgente no parlamento e adoção imediata de medidas legislativas sobre a reorganização e reativação do sistema bancário do Chipre, explicou Demetriades. Ele acrescentou que o procedimento vai bloquear o risco de falência e proteger a integralidade de todos os depósitos até 100 mil euros.

Os bancos no país permaneceram fechados nesta quinta-feira. Os rumores da bancarrota financeira levaram os cipriotas a fazer filas diante de caixas eletrônicos do Banco Popular do Chipre, segundo maior do país. O banco, através de um porta-voz, negou essa possibilidade, mas no começo da noite anunciou que as retiradas estavam limitadas a 260 euros por dia. As transferências por internet são impossíveis de serem feitas há uma semana e essa situação deve continuar pelo menos até terça.

O Banco Central Europeu, que tem mantido os bancos do Chipre operacionais com uma linha de liquidez, afirmou que o governo tem até segunda-feira para conseguir um acordo, ou os recursos serão cortados. O ultimato foi dado no momento em que os líderes da ilha realizam discussões sobre um "Plano B" para tentar levantar 5,8 bilhões de euros exigidos pela União Europeia, segundo um resgate de 10 bilhões de euros, depois que parlamentares chamaram um imposto sobre depósitos bancários de "roubo bancário".

O governo disse que os líderes partidários concordaram em criar um "fundo de solidariedade" que reuniria ativos estatais como base para uma emissão emergencial de bônus, mas o porta-voz do Parlamento, Yiannakis Omirou, insistiu que um imposto revisado sobre depósitos maiores, muitos deles de russos, não está em discussão.
 

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