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França/Estados Unidos

EUA vão punir banco francês por operações com Irã, Sudão e Cuba

O banco francês BNP Paribas está sob ameaça de pagar uma multa recorde de até US$ 10 bilhões nos Estados Unidos. O Departamento de Justiça americano acusa a filial do BNP Paribas de ter contornado as sanções americanas impostas ao Irã, ao Sudão e a Cuba, de 2002 a 2009. Apesar do embargo, o banco francês continuou efetuando transações em dólares com esses países.

Fachada de uma agência do banco francês BNP Paribas.
Fachada de uma agência do banco francês BNP Paribas. REUTERS/Charles Platiau
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A direção do BNP negocia há várias semanas uma redução da multa para US$ 8 bilhões, segundo informações do jornal americano The Wall Street Journal. Mas analistas estimam que o caso não será resolvido por menos de 5 bilhões de dólares. Além da multa, o BNP Paribas poderá ser proibido de atuar no mercado americano.

Segundo o jornal suíço Le Temps, as transações bancárias do BNP que estão na mira das autoridades americanas passavam por Genebra. "Segundo nossas fontes, uma grande parte das operações julgadas litigiosas pelos Estados Unidos passavam por Genebra onde o BNP é líder no financiamento do comércio de matérias-primas", escreve o jornal suíço.

Le Temps cita uma investigação interna do banco francês que teria identificado no início do ano "um volume significativo de operações que poderiam ser consideradas como não autorizadas segundo as leis e as regras dos Estados Unidos". Contatado pela agência AFP, o departamento de imprensa do banco não quis fazer nenhum comentário.

Problemas de transações em dólares

Segundo o jornal, as operações seriam ilegais na Suíça, em outros países na Europa e outras três nações que são alvos das sanções americanas.O problema estaria ligado ao fato de que as transações tenham sido efetuadas em dólar, de acordo com uma fonte bancária. Se tivessem sido feitas em euro ou outra moeda que não fosse o dólar, não seriam alvo de sanções do governo americano.

Le Temps indica também que cerca de trinta funcionários do banco em Genebra foram punidos nos últimos meses, alguns com simples advertências e outros com demissão.

O anúncio das sanções americanos repercutiram nas ações do grupo. No início do pregão desta sexta-feira, o valor chegou a despencar 6% na bolsa de valores de Paris.

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