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Futebol/Brasil

Marquinhos e Lucas vivem situações inversas no PSG e na seleção

Enquanto o zagueiro é convocado pela primeira vez para amistosos da seleção brasileira, o atacante saiu da lista de Luiz Felipe Scolari. No time francês, Marquinhos deve deixar sua vaga na zaga para o retorno de Thiago Silva, recuperado de uma contusão, enquanto que Lucas Moura voltou a ser titular da equipe.

O jogador parisiense, Lucas Moura.
O jogador parisiense, Lucas Moura. Reuters
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A entrada de Thiago Silva no lugar de Marquinhos no segundo tempo do jogo entre PSG e o belga Anderlecht pela Liga dos Campeões, foi comemorada pelos torcedores do estádio dos Príncipes. O retorno do “Monstro” aos gramados pôs fim a uma longa ausência, de mais de seis semanas, para tratamento de uma lesão. Thiago jogou apenas 30 minutos, para voltar a ganhar ritmo de jogo.

“Para mim é bom, tê-lo dentro da equipe é importante. Ele é nosso capitão dentro de campo, é o nosso líder. Independentemente se jogo ou não, tenho que respeitar a decisão do treinador e procurar o meu espaço”, reagiu Marquinhos ao final da partida contra o Anderlecht na terça-feira.

Titular absoluto da posição, Thiago Silva deve também recuperar a braçadeira de capitão e deixar o treinador Laurent Blanc com uma bela dúvida: Marquinhos ou Alex ao lado dele? Mais experiente, Alex deve ter a preferência.

No entanto, durante a ausência de Thiago Silva, o jovem Marquinhos de 19 anos, conquistou a torcida e o treinador com atuações convincentes depois de um começo vacilante.  Em sua estreia, na goleada de 4 a 1 do PSG sobre o Olympiakos, na Grécia, Marquinhos foi criticado pela falha no único gol da equipe grega. No mesmo jogo, retratou-se logo depois com um gol de cabeça.

O zagueiro voltou a marcar um segundo gol com a camisa parisiense pelo campeonato francês e vinha recebendo elogios por uma sequência de atuações firmes que lhe valeram sua primeira convocação por Felipão.

O zagueiro Marquinhos, em entrevista no estádio Parque dos Príncipes, em Paris.
O zagueiro Marquinhos, em entrevista no estádio Parque dos Príncipes, em Paris. Foto: RFI

A notícia veio no meio da noite, através de um telefonema de seu assessor. Ainda sonolento, Marquinhos diz que a “ficha demorou a cair”.

“Foi uma grande emoção, fui ao site da CBF para entender melhor. Foi uma explosão de sentimentos, contei para a família, todo mundo ficou muito feliz e muito honrado”.

“Fui uma grande surpresa para mim. A gente trabalha para isso mas nunca sabe quando vai chegar. Ainda mais para um jogador de 19 anos que está apenas começando e tem muita estrada pela frente”, acrescentou.

Marquinhos espera aproveitar a oportunidade com a camisa do Brasil. "Sei da tremenda dificuldade que é chegar à uma seleção brasileira, da tremenda concorrência que tem ali dentro. É chegar com os pés no chão e ir lá para somar, para dividir o suor e ajudar”, diz.

Lucas Moura

Titularizado por duas vezes consecuitvas, Lucas Moura ganhou mais uma vez a confiança de Laurent Blanc no ataque do PSG para a vaga deixada pelo uruguaio Cavani, lesionado. O brasileiro não teve uma atuação brilhante embora tenha recebido aplausos em lances individuais e dribles nos adversários belgas do Anderlechet. Não o suficiente para traduzir em gols nem para ajudar sua equipe a sair do empate de 1 a 1.

Com apenas dois gols anotados desde sua estreia no Paris Saint-Germain, em janeiro deste ano, Lucas Moura não escapa das críticas de que o investimento não valeu muito a pena, pelo menos até agora. Além de não marcar gols, sua pouca eficiência nas assistências tem sido destacada pela imprensa local. Questionado recentemente sobre o ex-são-paulino, o experiente treinador Blanc observou que Lucas deveria “fazer muito mais”.

Diante de sua lenta adaptação ao futebol francês, Lucas foi perdendo espaço na equipe PSG enquanto a concorrência foi ficando cada vez mais dura com a chegada de craques como Cavani, ex-Nápoli. Além de ocupar cada vez mais o banco de reservas do atual campeão francês, Lucas Moura também pareceu não aproveitar bem a titularidade com a seleção brasileira no amistoso contra a Zâmbia, em Pequim.

Substituído no intervalo de jogo, o atacante foi afastado da mais recente lista de convocados de Felipão. Foi preciso encaixar um golpe duro, mas esperado, e atribuído pelo jogador ao longo período sem jogar no time parisiense.

“Fiquei chateado, uma reação normal de todo jogador que está há muito tempo na seleção e depois fica de fora da lista”, explicou. Diante dos comentários e críticas na imprensa francesa e brasileira, Lucas Moura já havia se preparado para o pior. 

“Eu estava confiante, mas ao mesmo tempo preparado para isso o que aconteceu. O importante é não desanimar. Tenho que levantar a cabeça, continuar trabalhando para poder retornar”, afirmou o jogador de 24 anos.

Em 31 jogos com a seleção brasileira, Lucas marcou 4 gols e ele conta com esse retrospecto para manter o otimismo e afastar o fantasma de um corte definitivo para a Copa de 2014.

“Não fui convocado para a seleção por dois anos e meio à toa. Eu confio e ainda tem muito tempo para a Copa. Eu acho que tenho que continuar trabalhando firme aqui, mostrando que eu tenho capacidade para estar na seleção. Tenho certeza que Felipão está de olho em todos os jogos. É só continuar trabalhando porque é o resto é deixar nas mãos de Deus porque ele cuida de tudo”, afirmou.
 

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