Clubes franceses disputam final da Supercopa na China mirando o mercado asiático
O período de férias de verão na Europa é tempo para os clubes de futebol negociarem jogadores, mas também de pensarem suas finanças e seu plano de marketing de maneira estratégica, antes que os campeonatos comecem, entre agosto e setembro. O futebol francês inaugurou neste fim de semana uma novidade e resolveu abocanhar parte do mercado dos ingleses na Ásia.
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Na noite de sábado (2), a final da Supercopa da França foi disputada pela primeira vez no oriente, mais precisamente em Pequim, na China. O torneio consiste em apenas uma partida em que o campeão francês joga contra o vencedor da Copa da França. Uma disputa quase amistosa, que no passado costumava ocorrer em Cannes e em outras cidades do sul da França, sem receber muita atenção.
Nos últimos anos, visando popularizar o futebol francês pelo mundo, a Liga de Futebol passou a marcar a partida em cidades africanas e na América do Norte. Mas o jogo de ontem à noite, na Ásia, marcou a entrada dos franceses em um mercado até então dominado pelos ingleses, que têm larga experiência em internacionalizar seu futebol.
Em campo, o PSG bateu o Guincamp por 2 a 0, levou o troféu, mas, mais importante que o titulo, foi o desfile dos jogadores por Pequim e Hong Kong, recebendo tratamento de chefes de estado pela mídia local.
Sucesso alavancado pelo PSG
A Premier League britânica é o campeonato mais valioso do mundo, com direitos de transmissão internacionais que remontam a € 500 milhões por ano. O objetivo da França é se aproximar do líder, embora ainda tenha o futebol espanhol e italiano a sua frente.
A verdade é que foi o crescimento do Paris Saint-Germain nos últimos anos é que despertou os franceses para essa possível galinha dos ovos de ouro. A popularidade de jogadores como Zlatan Ibrahimovic entre os asiáticos é uma das armas para se aproximar desse mercado.
O resultado, tanto o clube quanto a Federação Francesa de Futebol pretendem colher em um futuro próximo: valorização das marcas do futebol local, com o consequente aumento nas vendas de merchandising e dos direitos de transmissão do jogos pelo mundo.
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