Quarta greve geral na Grécia contra o plano de austeridade
Entre 20 e 40 mil de pessoas desfilaram nas ruas de Atenas. Nenhum incidente grave foi registrado. Manifestações de protestos também ocorreram nas principais cidades do país. A greve perturba o setor público, atingido por cortes de salários, e o sistema de transportes.
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A principal passeata desta quinta-feira na Grécia contra o plano de austeridade do governo começou na praça Omônia, no centro comercial de Atenas, pela manhã, e terminou na Praça Syntagma, onde fica o parlamento grego, no início da tarde. A maioria dos manifestantes era composta por desempregados e aposentados. Eles carregavam bandeiras e cartazes com os dizeres : «parem as demissões », « queremos empregos para todos» e «a crise deve ser paga pela plutocracia da classe mais rica da sociedade».
Daniela Leiras, jornalista da RFI, em Antenas
Esta é a 4ª greve geral do país desde fevereiro e é organizada por sindicatos dos setores público e privado. Ao contrário da última manifestação do dia 5 de maio, em Atenas, marcada pela violência, que deixou 3 mortos e várias vítimas durante a explosão de um banco, nenhum incidente grave foi registrado. A mobilização foi menor do que nas passeatas anteriores.
A paralisação atinge parte dos estabelecimentos comerciais. Os principais serviços públicos pararam e os transportes de ônibus e metrô funcionam parcialmente. Nas últimas semanas o governo do primeiro-ministro Georges Papandreou anunciou cortes de salários no setor público e redução de aposentadorias. As medidas foram consideradas necessárias para que o país possa receber o pacote de ajuda de 110 bilhões de euros da União Europeia e do FMI. O dinheiro servirá para ajudar a pagar dívidas do governo da Grécia que chegaram a 115% do Produto Interno Bruto do país.
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