Premiê português defende reforma estrutural para combater crise
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, defendeu nesta terça-feira uma reforma das funções e da estrutura do Estado para combater a crise econômica que atinge o país. Portugal está sendo assistido financeiramente pelo troika – União Europeia, Banco Central Europeu e FMI – desde maio de 2011.
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"É precisso fazer uma reforma estrutural do Estado se quisermos superar a crise", declarou Passos Coelho diante dos parlamentares. O chefe de governo foi nesta terça-feira ao parlamento em Lisboa para debater o projeto de orçamento de 2013 , marcado por uma generalizada alta de impostos.
O primeiro-ministro explicou que as reduções das despesas do governo tinham chegado a um limite, o que justificaria " acelerar o processo do reequilíbrio estratégico das funções e estruturas do Estado”.
Alvo de muitas críticas, o orçamento de 2013, que deve ser votado nesta quarta-feira pelos parlamentares, prevê economias de 5,3 bilhões de euros. A maior parte, cerca de 80%, virá do aumento de impostos. O índice médio passa dos atuais 9,8% para 13,2% em 2013.
"Existe hoje no país um amplo consenso sobre a necessidade de promover uma reforma estrutural do Estado", afirmou Passos Coelho, convocando a oposição e as centrais sindicais do país a apoiarem esta iniciativa. "É importante que o debate sobre a reforma do Estado inclua todos os partidos e as centrais sindicais", destacou.
O primeiro-ministro não deu maiores detalhes sobre a reforma, que segundo alguns analistas, poderá reduzir alguns funções sociais do estado, especialmente nas áreas da saúde e educação.
O Partido Socialista, principal grupo de oposição, imediatamente reagiu dizendo que não pretende dar um sinal verde à iniciativa . "Esta proposta é uma confissão do fracasso da política" do governo, declarou o líder do PS, Antonio José Seguro.
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