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Grã-Bretanha/União Europeia

Cameron promete referendo sobre Grã-Bretanha na União Europeia

David Cameron cedeu finalmente às pressões do eurocéticos britânicos. No esperado discurso desta manhã sobre a Europa, ele prometeu, se for reeleito, realizar um referendo sobre a permanência ou não da Grã-Bretanha na União Europeia até 2017. A decisão provocou reações dos parceiros europeus que salientam a importância da participação dos britânicos no bloco.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron. REUTERS/Suzanne Plunkett
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A consulta popular é uma promessa de campanha e será realizada se Cameron vencer as eleições legislativas previstas para acontecer até 2015. O premiê mandou um recado aos ainda aliados europeus : "se o bloco não for reformado os britânicos vão escolher a saída". Ele disse no entanto "que não quer que isso aconteça e que deseja o sucesso da Europa."

O referendo será realizado após o novo acordo que o governo britânico quer negociar com o bloco europeu. Cameron disse que essa nova relação que o país pretende estabelecer com a União Europeia deve ser centrada no mercado único.

A imprensa popular britânica de hoje aplaude com entusiasmo a decisão de Cameron, mas alguns analistas tem dúvidas se a realização do referendo em cinco anos será suficiente para acalmar as críticas internas dos opositores ao bloco europeu. Essa será a primeira vez, desde o referendo sobre a entrada no mercado comum europeu em 1975, que os britânicos serão consultados sobre a União Europeia com quem tiveram uma relação complicada nos últimos 40 anos.

Reações europeias

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, criticou imediatamente a realização do referendo britânico. "Não é possível construir uma Europa agradando todos os gostos", disse. Fabius deseja que a Grã-Bretanha traga coisas positivas ao bloco e alertou Londres sobre os riscos do país ficar isolado se sair da União Europeia.

Mais diplomático, o ministro francês da Economia, Pierre Moscovici, lembrou que a Grã-Bretanha já tem uma relação particular com o bloco, não integra a zona do euro e não aderiu aos acordos de Schengen de livre circulação de pessoas, mas é extramamente útil. Moscovici ressaltou que é partidário de uma "Europa unida na diversidade onde certos países podem avançar mais rápido que outros."

Para o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz, a "União Europeia" precisa da Grã-Bretanha como membro pleno. Ele acredita que os britânicos podem trabalhar com seus aliados para remodelar o bloco europeu.
 

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