Líderes europeus estão próximos de um acordo sobre futuro orçamento
Após a maratona de negociações que durou 15 horas, líderes europeus retomam as discussões nesta sexta-feira, para finalizar o esboço de um possível acordo sobre o futuro orçamento da UE. O Conselho Europeu está sendo marcado por um clima tenso, criado por posições políticas inflexíveis e ameaças de veto de alguns países.
Publicado a:
Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas
De um lado, a Grã-Bretanha defende cortes mais austeros no orçamento, do outro, países como a França e Itália preferem limitar os cortes e manter o nível atual de ajuda para a agricultura e as regiões mais desfavorecidas. Este Conselho Europeu começou com seis horas de atraso por causa dos encontros bilaterais que antecederam a reunião.
Os líderes tentaram afinar suas posições sobre os gastos nos próximos sete anos. A Grã-Bretanha quer reduzir os subsídios dados à Política Agrícola Comum, que representa cerca de 40% do orçamento do bloco. Ao mesmo tempo, não quer abrir mão do chamado "cheque britânico", que compensa o país pelo pouco que recebe da PAC, desde os tempos de Margareth Thatcher. Países que formam o grupo de coesão, como França e Itália, alertam que essas exigências podem prejudicar o crescimento e impedir a recuperação dos países afetados pela crise.
Sob pressão da Grã-Bretanha e de outros contribuintes, como Alemanha, Holanda e Suécia, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, deve apresentar um corte adicional de 15 bilhões de euros em relação ao projeto anterior. Em novembro passado, os dirigentes do bloco não conseguiram chegar a um consenso sobre o orçamento para o período de 2014-2020, na primeira reunião dedicada à questão. Na época, Van Rompuy colocou sob a mesa uma proposta que equivalia a um total de 973 bilhões de euros, quase 80 bilhões a menos do que o projeto inicial da Comissão Europeia.
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