Demissão de Bento XVI foi "inspirada por Deus"
O pedido de demissão de Bento XVI foi "inspirado por Deus" e que o carisma do papa Francisco faz aumentar a cada dia sua "convicção" sobre a saída, declarou o antigo pontífice a um hóspede anônimo do monastério Mater Ecclesiae, no Vaticano.
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De acordo com o site católico Zenit, o interlocutor teria perguntado a Joseph Ratzinger as motivações de sua demissão surpresa, anunciada em 11 de fevereiro e concretizada no dia 28 do mesmo mês. "Foi Deus que me disse", respondeu Bento XVI, explicando que não foi uma aparição, mas uma "experiência mística" - e cortando de antemão qualquer especulção sobre um fenômeno miraculoso.
"Deus fez nascer em mim o desejo absoluto de ficar a sós com Ele, recolhido em oração", explicou. Aos 86 anos, o papa emérito esteve no domingo na residência de verão de Castel Gandolfo, ao sudeste de Roma para uma curta caminhada. De acordo com fontes do Vaticano, ele está em forma e contente com seu retiro espiritual.
Desde que deixou o papado, Ratzinger recebe poucos amigos e permanece fiel a sua promessa de obedecer incondicionalmente a seu sucessor e não interferir no governo da Igreja. No entanto, o Papa Francisco o consulta regularmente. Quando voltou da Jornada da Juventude, no Rio de Janeiro, ele disse que Bento XVI era como "um avô" que mora em casa.
"Para mim, é como ter um avô em casa. Se eu tenho alguma dificuldade ou qualquer coisa que não entendo bem, ligo para ele: 'Me diga, o que posso fazer?'", disse o pontífice a jornalistas no avião que o levaria do Brasil de volta a Roma.
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